Arequipa

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A catedral de Arequipa é um marco da cidade

Cheguei em Arequipa depois de uma viagem noturna desde Puno. Ao chegar na Plaza de Armas, imediatamente me apaixonei pela cidade. Decidi que queria ficar ali por algumas semanas. Além de hospedar-me com dois hosts de Couchsurfing, fiz voluntariado na recepção do hostel Friendly AQP por duas semanas.

A Plaza de Armas foi o primeiro contato que tive com Arequipa

Não é que haja tantas coisas que fazer no município, mas achei um lugar muito simpático. Gostei ainda mais depois de ser bem recepcionada com um café da manhã no Midway Guest House. Argentinos que eu conheci no ônibus se hospedaram ali, mas eu não, e mesmo assim ganhei comida.

O CENTRO DE AREQUIPA

Arequipa é conhecida com a cidade branca do Peru. Isso é devido ao seu belo centro histórico construído com rochas vulcânicas – declarado patrimônio histórico pela Unesco – e também por ser considerado um dos lugares mais racistas do país, segundo seus próprios moradores.

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Construções com a pedra sillar dão homogeneidade na cor branca de Arequipa

O turista pode se perder em meio a tantos edifícios lindos da região central, mas alguns deles são mais importantes do que outros. A catedral, supostamente a mais importante do Peru, é imensa. Nela há um púlpito com um diabo esculpido, característica comum na época em que foi encomendado, mas, segundo crença popular, todos foram destruídos, menos este. Está proibido entrar de short.

Para observar o templo, a praça e parte da cidade de uma perspectiva diferente, o melhor é subir em algum dos edifícios ao redor do largo. O mais alto está à direita de quem olha para a catedral. No topo há um café de onde pode-se contemplar um lindo entardecer. Eles têm até mantinhas para proteger os visitantes do frio, contudo, não peça o chocolate quente, pois é terrível. Para ambientes mais agradáveis, a passagem atrás da igreja tem restaurantes com mesinhas na rua.

A catedral e outros prédios ao redor da praça são iluminados à noite

A igreja da Compañía de Jesús também vale a visita. Ao seu lado estão os claustros, onde funcionou a primeira escola de Arequipa. Hoje é um convidativo espaço com restaurantes e lojas. O Mercado San Camilo fica a umas quatro quadras dali. Há muitas frutas à venda.

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Os claustros da Compañía são um belo lugar para um passeio
GASTRONOMIA AREQUIPENHA

Arequipa é bem conhecida pela sua gastronomia. Cuy é o porquinho da índia, comida típica peruana. O rocoto relleno con pastel de papa é tipo um pimentão recheado, acompanhado de uma espécie de lasanha de batata. Já o queso helado (sorvete feito com baunilha e canela que, contraditoriamente, não leva queijo). Inca Kola é um dos refrigerantes mais vendidos do país.

FREE WALKING TOUR

Um dos bairros mais bonitos de Arequipa é o San Lázaro. São charmosas ruelas coloniais com construções de pedra branca. Na Plaza San Lázaro cruzei com um grupo que fazia um free walking tour e me juntei à caminhada. Eles haviam recém saído às 12h da Plaza San Francisco.

As lindas ruelas do bairro San Lázaro são ótimas para caminhadas

Os segui até o Mundo Alpaca, loja que se dedica a vender produtos feitos da fibra de alpaca, um dos camélidos encontrados no Peru. Há um pequeno museu em que se pode conhecer os animais e os diversos tipos de fibra que eles produzem, incluindo o primeiro corte, conhecido como baby alpaca, a mais cara.

O tour volta para o centro, passa por um restaurante de culinária incaica depois de subir até outro mirador na praça. Lá, o guia explica (sem muita segurança e com um inglês meio quebrado) que Arequipa significa “cidade atrás dos vulcões” em quechua (Are = vulcão; Quipa = atrás). Ele fala dos vulcões que se podem observar desse ponto, o Misti (que quer dizer “chefe”) e o Chachani (que significa “esposa”).

Mirador permite ver Plaza de Armas do alto

O líder do grupo também conta um pouco sobre a história do Peru e de Arequipa. A cidade foi capital do país por duas vezes e é, hoje, o segundo município mais importante do território peruano. Dali o grupo se encaminha para a última parada, um bar onde ensinam a preparar pisco sour, bebida de orgulho nacional, oferecem uma provinha do drink. A atividade termina pelas 15h.

ASSISTA A MÚSICOS PERUANOS TOCANDO NAS RUAS DE AREQUIPA
PARQUE SELVA ALEGRE

Se o tour é em um fim de semana, a dica é seguir para o Parque Selva Alegre. A entrada custa 2 soles (uns R$ 2). Essa é uma agradável área verde, ideal para sentar no gramado e jogar conversa fora. Para quem está muito cansado para andar um quilômetro desde o bar até o parque, é só pegar um ônibus. A maioria das passagens municipais custa 1 sol (cerca de R$ 1).

O Parque Selva Alegre é ideal para passeios no fim da tarde
CASA MUSEO MARIO VARGAS LLOSA

Outro lugar interessante para conhecer nas proximidades do centro é a Casa Museu Mario Vargas Llosa. O escritor laureado com o Prêmio Nobel de Literatura em 2010 nasceu nesta casa de mais de cem anos em 1936. O museu virtual foi instalado no imóvel há quatro anos.

A casa onde nasceu Mario Vargas Llosa é hoje um museu

Os 12 ambientes são muito bem pensados, com detalhada decoração e tecnologia em áudio e vídeo. Também são apresentados hologramas do autor e representações de momentos importantes. O ingresso vale 10 soles (R$ 10) e a visita guiada dura aproximadamente uma hora e meia.

O manuscrito do discurso do Nobel está em exposição
MOLLENDO

Meu primeiro host do CS me convidou para ir para a praia com sua família em um fim de semana. Fomos a Mollendo, a duas horas de Arequipa. A passagem custa entre 15 e 20 soles (R$ 15/R$ 20). No sábado nos banhamos na Praia 3 na tarde e à noite fomos para o centro. Me lembrou muito a energia das praias do Rio Grande do Sul. No domingo, fomos a Catarindo, uma pequena e bela enseada.

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