Cochabamba + Torotoro

torotoro
Torotoro tem uma beleza natural inigualável

Torotoro foi o lugar na Bolívia que mais me surpreendeu. Apesar de ficar no departamento de Potosí, para alcançar esse pequeno povoado e grande parque nacional, é preciso tomar uma condução em Cochabamba.

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Há poucos atrativos turísticos no município. O mais importante é o Cristo de la Concordia, uma das imagens mais altas do mundo, com mais de 40 metros. Ele é acessível através de um teleférico que custa 13 bolivianos (uns R$ 7) para subir e descer. Do mirador aos pés do Cristo se vê toda a cidade.

De Cochabamba a Torotoro são quatro horas de viagem em van. Esses veículos, chamados “trufis” não têm um horário específico de saída e só partem quando estão cheios. A passagem custa 35 bolivianos (cerca de R$ 17). A parada é na esquina da Pasaje Mairana com Avenida República. A estrada é complicada e pode ser interditada em caso de forte chuva, pois é de chão batido.

TOROTORO

O vilarejo de Torotoro é agradável, mas a principal atração do lugar é o seu parque. A entrada custa 100 bolivianos para estrangeiros (R$ 50) e vale por três dias. Os passeios têm um preço fixo e podem ser divididos com até seis pessoas.

O centro de Torotoro é agradável, mas não tão lindo como o parque nacional

Fiz os dois mais populares: a Caverna Umajalanta e Ciudad de Itas – 632 bolivianos (uns R$ 320) – e o Cânion de Torotoro – 100 bolivianos (cerca de R$ 50). Os grupos se formam no escritório do parque e tive sorte de encontrar bastante gente interessada, assim que paguei o valor mínimo.

CAVERNA UMAJALANTA
A entrada da Caverna de Umajalanta é grandiosa

não pudemos entrar na Umajalanta em função da chuva (entre dezembro e março as precipitações são mais frequentes). Tivemos que esperar cerca de uma hora para que o nível do rio que passa dentro da caverna baixasse e o guia desse o ok para começarmos a visita. Não há nada de iluminação dentro da gruta, a não ser pelas lanternas dos capacetes que estão incluídos no tour.

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Oito salas se formaram dentro deste grande buraco, cuja extensão real ainda é desconhecida. Sete quilômetros já foram descobertos, mas nunca se alcançou o fim da cavidade. Os turistas percorrem aproximadamente 400 metros. Apesar da pequena distância, a atividade é bem cansativa.

Algumas passagens da cavernas são bem pequenas

É preciso agachar-se ou arrastar-se nas partes mais baixas, além de utilizar técnicas de rapel para auxiliar na descida em algumas partes. Contudo, o mais difícil (e perigoso, na minha opinião), é a subida. Tive que pedir ajuda um par de vezes, pois não tinha forças para escalar pedras grandes e tinha medo de cair no rio, pois não há proteção. A adrenalina e a beleza do lugar compensam o cansaço e o risco.

CIUDAD DE ITAS
A imensidão da Ciudad de Itas é de tirar o fôlego

Depois de explorar a caverna, o veículo 4×4 leva os turistas (a maioria da Europa) a outro lugar deslumbrante: a Ciudad de Itas. Essa denominação vem do guarani “ititas“, que significa “pedras sobrepostas”. A impressionante paisagem mistura morros ao fundo com formações rochosas.

O que deixou toda essa região tão pitoresca foi o choque das placas tectônicas de Nasca com a Sul Americana. Torotoro é uma adaptação do nome original em quechua que quer dizer “barro barro”. Caminha-se pela trilha por cerca de três horas e me senti em um cenário de O Rei Leão. Em algumas das pedras pode-se encontrar pinturas rupestres pré-incaicas.

CÂNION DE TOROTORO

O Cânion de Torotoro é outro passeio imperdível. São umas cinco cansativas horas de caminhada, mas que valem a pena. Primeiro se desce até o rio – com paradas em miradores para apreciar a beleza de parte dos sete quilômetros que formam o cânion – e por fim se sobe os 250 metros do paredão. O trajeto inclui andar por pedras e inclusive algumas partes mais arriscadas com risco de queda.

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A Cascata El Vergel faz parte do trekking e é um excelente ponto para fazer a pausa para o almoço (pão e atum é o que a maioria dos turistas leva) e também para tomar banho nas geladas águas. O fim do tour reserva ainda mais uma surpresa: pegadas de dinossauro no chão. O guia explica quais espécies passaram por essas terras e em que período os animais estiveram ali.

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3 comentários Adicione o seu

  1. Rozane Barbosa Mesquita diz:

    Adorei as dicas detalhadas!!! 😀

    1. melevaemboraestradaafora diz:

      Legal, Rozane! Tomara que sejam úteis!

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