A Bolívia é o país ideal para viajantes relaxados e com orçamento apertado. As belezas naturais e as riquezas culturais são intermináveis. O conforto dos turistas não é o ponto forte da nação. Há muitas estradas precárias – constantemente bloqueadas por protestos populares. Os ônibus são, em sua maioria, antigos. Isso, quando há. Algumas rotas são feitas exclusivamente por vans, chamadas de trufis.
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Em compensação, os gastos com comida, transporte e hospedagem são menores do que na maioria dos países. Para facilitar os cálculos, o câmbio pode ser feito com a conta simples e um pouco inexata de 1 Real = 2 Bolivianos. É recomendado que pessoas mais sensíveis tenham cuidado com a alimentação, pois há bactérias que os viajantes podem não estar acostumados.
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Para esse roteiro, o ideal é ingressar na Bolívia por Uyuni, onde há um pequeno aeroporto, e regressar de La Paz. Brasileiros precisam apresentar passaporte ou RG em bom estado emitido há menos de 10 anos para entrar no país. Uma outra opção para começar a viagem através do Chile. Desde o aeroporto de Calama, viaja-se por terra até San Pedro de Atacama e, de lá, se contrata um tour que termina em Uyuni.
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Desde o Atacama, o tour de três dias e duas noites até Uyuni custou 95 000 pesos chilenos (uns R$ 500), com hospedagem, tranporte e alimentação incluídos. Ainda foi necessário levar 250 bolivianos (cerca de R$ 125) para as entradas nos parques. Depois de feitos os trâmites de saída do Chile e entrada na Bolívia, começa o turismo.
DIA 1
No primeiro dia são visitadas as três lagoas coloridas: a Laguna Blanca, a Laguna Verde e a Laguna Colorada, onde se observa muitos flamingos. Também se conhece o deserto de Salvador Dalí, com rochas de formatos surrealistas. Nas Termas Polques, pode-se escolher mergulhar ou não (eu recomendo a experiência de entrar na água quentinha). Contudo, o mais comovente deste dia foi o gêiser Sol da Manhã, em que se vê a lava fervendo e se sente o forte cheiro de enxofre.
DIA 2
O segundo dia começa com um passeio em meio a rochas de formatos curiosos, como a Copa do Mundo, o o Camelo e a Italia Perdida. Também caminha-se pela Laguna Escondida, em que se passa por uma criação de lhamas e por uma vegetação bem interessante, e pelo Cânion Anaconda, com uma vista fantástica. No almoço, há tempo para comprar artesanato e, no fim da tarde, outros produtos locais, como cerveja e chocolate elaborados com folhas de coca.
DIA 3
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A atração mais esperada é visitada no terceiro e último dia. Aprecia-se o nascer do sol no Salar de Uyuni, onde se passeia por cerca de cinco horas visitando lugares de interesse, contemplando a imensidão do maior deserto de sal do mundo e divertindo-se com fotos em diferentes perspectivas. A última atração do passeio é o cemitério de trens. O tour termina pelas 15h no centro de Uyuni.
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A mineração é uma das principais atividades econômicas da Bolívia e o Cerro Rico, em Potosí, é uma de das maiores fontes de minerais. É possível visitar algumas das 460 minas do morro, onde labutam cerca de 7,5 mil mineiros. A atividade – que pode ser restritiva por questões físicas ou morais – custa aproximadamente 80 bolivianos (uns R$ 40).
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Potosí foi declarada Patrimônio Mundial pela Unesco. A Casa Nacional de Moneda e o Templo Museo Mirador de San Francisco são edifícios no casco histórico que valem ser conhecidos. Em termos gastronômicos, kalapurka é o prato típico da cidade. A sopa picante mantém sua temperatura com uma pedra vulcânica colocada ao fundo da tijela.
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Declarada Patrimônimo da Humanidade pela Unesco, Sucre é a capital constitucional da Bolívia. Lá se assinou a Declaração de Independência em 1825, onde hoje se encontra a Casa de la Libertad. Também conhecida como cidade branca da Bolívia, alguns pontos turísticos da cidade são a Recoleta, a catedral, o Museo Costumbrista e o Castillo de la Glorieta, que fica mais afastado.
Outra atração longe do centro (e, para mim, a mais interessante) é o Parque Cretacico. Supostamente este é o maior sítio arqueológico com pegadas de dinossauro do mundo. Foram encontradas 450 caminhadas individuais. Terópodes, anquilossauros, ornitópodes e saurópodes caminharam nesse lugar há 68 milhões de anos. As marcas – que podem medir até 1,25 metros – estão na vertical por causa do movimento das placas tectônicas.
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Samaipata é um vilarejo com grande concentração de estrangeiros. El Fuerte é seu principal ponto turístico. O forte pré-incaico a 10 quilômetros do povoado foi declarado Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco. No centro, um interessante museu arqueológico mostra peças encontradas no local.
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O Parque Nacional Amboró é a pedida para quem gosta de natureza. No tour dos helechos gigantes podem ser observadas samambaias de até 10 metros de altura. Para uma pegada mais histórica, é preciso se distanciar ainda mais de Samaipata: La Higuera é o lugar onde Che Guevara foi assassinado e Valle Grande, onde esteve enterrado por cerca de 30 anos.
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Santa Cruz de la Sierra é a cidade mais povoada do país, com 1,7 milhões de habitantes. Conhecida como “La ciudad de los anillos“, é organizada por anéis, avenidas circulares que dividem o município, que não é dos mais turísticos.
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A Plaza 24 de Septiembre é a principal da cidade e é lá que fica a Catedral Metropolitana Basílica Menor de San Lorenzo. É possível subir ao campanário do templo. O Parque Urbano Central, o Parque El Arenal e o Paseo Artesanal La Recova são outras áreas públicas a se conhecer.
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Há poucos atrativos turísticos em Cochabamba. O mais importante é o Cristo de la Concordia, uma das imagens mais altas do mundo, com mais de 40 metros. Ele é acessível através de um teleférico. Do mirador aos pés do Cristo se vê toda a cidade.
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O Parque Nacional de Torotoro é a joia boliviana, na minha opinião. Os dois passeios mais populares por lá são o Cânion de Torotoro e a Caverna Umajalanta + Ciudad de Itas. O choque das placas tectônicas de Nasca com a Sul Americana foi o que deixou a região tão pitoresca.
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O Cânion de Torotoro tem sete quilômetros de extensão e 250 de profundidade. A caminhada é linda, cansativa e por vezes perigosas. A Cascata El Vergel, onde se pode banhar, é um dos pontos visitados. Pegadas de dinossauro no chão são observadas no fim do tour.
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Na Caverna Umajalanta, os turistas percorrem aproximadamente 400 metros dos sete quilômetros já descobertos. A exploração da imensa cavidade é emocionante, cansativa e um pouco perigosa. Na deslumbrante Ciudad de Itas se vê impressionante paisagem que mistura morros ao fundo com formações rochosas.
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Oruro não é a cidade mais turística da Bolívia. Só fica movimentada na época de Carnaval – esse, sim, o mais famoso do país. O momumento mais famoso é o da Virgen de Socavón (também chamada de Virgen de la Candelaria), no morro Santa Barbara. Nos pés do morro Pie de Gallo há o santuário da santa. Dentro da igreja há um museu de mineração. É possível fazer um tour nesta parte desativada da mina San Jose.
La Paz, apesar de não ser a capital constitucional da Bolívia, é a cidade mais importante do país. Na Plaza de Armas Murillo está o palácio presidencial e a catedral. Outro templo famoso é a Iglesia San Francisco, um dos pontos de referência da cidade. Atrás dele está o Mercado de Brujas.
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Para quem quer conhecer melhor os costumes, Museo de Etnografia y Folklore também vale a pena conhecer. A algumas quadras dali está uma das ruas mais charmosas do município, a Calle Jaén, que mantém uma arquitetura colonial. Nessa passagem está o Museo de Instrumentos Musicales. No fim da estreita via está a galeria de um dos artistas visuais bolivianos mais consagrados, Mamani Mamani.
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A maioria das opções noturnas fica no bairro Sopocachi. Malegria, Ttkos, La Obertura e Costilla de Adán são alguns dos bares da cidade. Em Sopocachi também está um dos miradores mais populares de La Paz, o Montículo. Contudo, o mirador Killi Killi tem uma visão mais privilegiada. Para ter uma verdadeira ideia do tamanho e da geografia da cidade, o ideal é fazer um passeio nos teleféricos paceños.
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Na zona sul estão os bairros mais chiques de La Paz. Em Cota Cota há pequeno parque com uma lagoa. Já em Calacoto estão ruas comerciais com lojas e cafés de grife. Mais ao sul ficam duas maravilhas da natureza: o Valle de la Luna e o Valle de Ánimas, ambos com interessantes formações rochosas.
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EL ALTO
El Alto (vizinha de La Paz e acessível pelo teleférico vermelho), é um dos municípios mais altos do mundo, a 4095 metros sobre o nível do mar. Às quintas e aos domingos há uma feira a céu aberto, supostamente a maior da América do Sul. Mais afastados estão edifícios pintados pelo artista Mamani Mamani.
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TIWANAKU
Declarado Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco, Tiwanaku (ou Tiahuanaco) são restos de construções do império homônimo que existiu entre os anos de 500 e 900 e supostamente deu origem aos incas. Além das ruínas e dos museus, no bate-e-volta até Tiwanaku pode-se conhecer o pequeno povoado.
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CAMINHO DA MORTE
O Camino de la Muerte é um dos tours mais buscados de La Paz. A descida de bicicleta começa nos 4,7 mil metros sobre o nível do mar e termina nos 3,5 mil metros. São 64 quilômetros pela rota conhecida como Camino a los Yungas, com três metros de largura. A parte mais emocionante é quando se chega na estrada de chão batido.
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Muitos aventureiros preferem não voltar a La Paz depois do Camino de La Muerte e seguem a Coroico. A cidade já está no começo da selva boliviana e a paisagem é belíssima. A cerca de 10 quilômetros do povoado estão as três cascatas, lugares bastante procurados por turistas.
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SORATA – 1 DIA
Outra cidadezinha encantadora é Sorata, construída no meio de morros de abundante vegetação e ao lado de um rio. Uma das atrações locais é a Puente Colgante. Mais afastada do centro, a umas duas horas e meia a pé, está a Gruta San Pedro, uma caverna cheia de beleza e mistério. A caminhada até lá é cheia de paisagens bonitas.
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COPACABANA – 1 DIA
O Titicaca, segundo maior lago da América do Sul e o lago navegável mais alto do mundo – a 3,8 mil metros sobre o nível do mar, fica em parte na Bolívia. A cidade mais importante nas margens bolivianas é Copacabana. No centro estão as ruas comerciais, a Basílica de Nossa Senhora de Copacabana e a praça 2 de Febrero.
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Diversas atividades são oferecidas na praia, como caiaques, pedalinhos e outros equipamentos de lazer aquático. Também é possível alugar motocicletas. Outra atividade bacana para se fazer por lá é o das Islas Flotantes. As ilhas flutuantes artificiais são construídas com totora, uma planta do lago e abrigam restaurantes.
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O tour mais buscado, contudo, é o da Ilha do Sol. Há uma opção de passeio em que também se visita a Ilha da Lua por umas duas horas para conhecer suas ruínas. Há quem faça bate-e-volta na Isla del Sol, mas para conhecê-la de verdade, é preciso dormir lá.
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Ao descer da lancha, os turistas encaram uma longa escada e chegam à Fonte do Inca, onde é possível se abastecer de água. Mais alto está o centro do povoado, com restaurantes e pousadas. Dali pode-se descer até a praia e tentar tomar banho nas geladas águas do Lago Titicaca. Também vale a pena conhecer as ruínas e os miradores da ilha.
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