Arequipa: Cânion de Colca

O Cânion de Colca é um espetáculo da natureza

O Cânion de Colca, supostamente o mais profundo do mundo, é um dos tours mais buscados para quem vai para Arequipa. Há muitas agências para escolher, mas os passeios e os preços são muito parecidos. A média da viagem de dois dias é 90 soles (uns R$ 90) e 140 soles (R$ 140) para a de três dias. Os pacotes incluem hospedagem, café da manhã, almoço e janta (menos o almoço do último dia) e guia.

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A entrada ao cânion é paga a parte e custa 40 soles (aproximadamente R$ 40) para brasileiros. É preciso levar o passaporte para comprovar nacionalidade. É recomendável levar alguns lanches rápidos, como frutas, bolachas ou sanduíches, pois a fome pega depois de tantas horas de esforço.

Rochas e vegetação fazem parte do visual do cânion

A trilha é a mesma para as trips de dois ou três dias. A diferença é que quem faz em três tem uma caminhada mais relaxada. Como não sou experiente em trekking, escolhi essa opção. Quem fica só dois dias faz 18 quilômetros no primeiro dia e seis no último. O tour mais longo quebra o primeiro dia em dois, avançando sete quilômetros no primeiro, 11 no segundo e o último é igual, com seis.

CÂNION DE COLCA: DIA 1
Do mirador Cruz del Condor se vê parte do cânion

A trip começa às 3h, quando uma van busca os turistas no hostel. Às 7h chega-se à cidade de Chivay, onde se para meia hora para tomar café da manhã. Em seguida, o grupo segue até o mirador Cruz del Condor. Aqui tem-se uma vista do cânion. Com sorte, avista-se condores, mas eu não ou vi. Em geral, fica-se neste local das 8h30min às 9h. É bom levar um abrigo, pois o mirador está a grande altura e faz frio.

Placa no mirador divulga números do cânion: 3,4 mil metros de profundidade e 100 quilômetros de extensão

O ingresso ao cânion fica a 3,2 mil metros sobre o nível do mar. Me juntei ao novo grupo, guiado por Fernando, já que o pessoal da minha van ia fazer o tour de dois dias. Ele falou sobre algumas questões culturais e históricas do local. Às 9h30min começou a caminhada, que terminou às 12h30min.

Ponto de entrada ao cânion fica a mais de 3 mil msnm

Foram percorridos sete quilômetros nestas três horas. Tudo feito num ritmo bem tranquilo, com paradas para explicações e descanso. Praticamente todo o caminho foi de descida, assim que terminei o dia com dores no joelho e nos dedos dos pés, em função da pressão da bota.

Cruza-se o rio antes de chegar ao hostel

Um pouco antes de alcançar o hostel em San Juan de Chucho havia uma subida bem inclinada que cansou bastante. Nesse ponto também começou a chover um pouco (fui em fevereiro, em plena época de chuva, que dura entre dezembro e março).

DIA 1: O DESCANSO

Chegamos à hospedagem e recebemos o almoço. Era pouca comida e não serviam bebida. O mesmo se repetiu na janta, às 19h. Para tomar banho, a água era fria. Não havia papel higiênico no banheiro. Como chovia, acabei dormindo à tarde. Também o fizeram todos do grupo, o casal de holandeses, o casal de peruanos, o senhor peruano, a francesa e o israelita.

Os paredões do cânion são impressionantes

Havia jogos na pousada e jogamos cartas para passar o tempo. Depois de comer à noite, Fernando nos contou como seria o dia seguinte e fomos dormir. Dividi quarto com a francesa e o israelita, pois viajávamos sozinhos. Os casais tiveram quartos privados.

CÂNION DE COLCA: DIA 2
O segundo dia é o mais tranquilo, apesar de ser o de maior distância

O segundo dia começa com café da manhã às 6h30min. Às 7h15 começamos a andar. Serão percorridos 11 quilômetros, incluindo pequenas subidas, partes planas e uma descida de dificuldade média ao final. No meio do caminho paramos em um museu, onde pode-se observar fibras de vicunha e alpaca. As mais finas têm entre 10 e 12 microns (milésimo de milímetro).

No segundo dia volta-se a cruzar o rio Colca
DIA 2: O DESCANSO

Passamos por pequenos povoados e pelas 12h chegamos à área conhecida como “oásis“. Há várias pousadas nesse lugar nas profundidades do cânion. É um espaço muito agradável, ainda mais porque a maioria das hospedagens tem piscinas para que os viajantes possam desfrutar. Enquanto relaxávamos na água, a equipe do local preparava nosso almoço, que ficou pronto pelas 13h30min.

cânion de colca
Os vilarejos que estão no caminho são charmosos

Depois de comer, ninguém voltou para a piscina porque às vezes chuviscava. Aqui também só tinha água fria no chuveiro e não havia papel higiênico. Passamos a tarde jogando futebol, conversando no gramado e jogando cartas.

O hostel no oásis é um lugar paradisíaco

Pelas 16h vimos o pessoal do tour de dois dias chegando. Eles pareciam bem cansados e mal puderam aproveitar a tranquilidade do hostel antes de anoitecer. A janta foi servida às 19h30. Pelas 20h30min escutamos as recomendações de Fernando para o dia seguinte e às 21h30min já estávamos todos na cama.

CÂNION DE COLCA: DIA 3

Às 4h30min o grupo se junta para começar o último dia de caminhada. Ainda é noite, então é preciso levar lanterna. As mais recomendadas são essas que se coloca na cabeça, mas eu usei a do meu celular e não tive problema. Garoou bastante. Foram três horas para fazer seis quilômetros de subida. Esse dia é mais intenso, não há tempo para descansar muito ou tirar tantas fotos.

No terceiro dia sobe-se toda a altura do cânion

Para quem acha que não aguenta o esforço, há a possibilidade de subir em mulas. O aluguel sai por 60 soles (uns R$ 60). Os peruanos do grupo usaram esse recurso e disseram que mesmo assim cansa um pouco, além de haver o medo de cair no precipício. O percurso é realizado na metade do tempo, caso a mobilidade seja feita com os animais.

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Mais ou menos às 8h chega-se ao restaurante em Cobanaconde onde é servido o café da manhã. Da praça central da cidade tomamos a van para começar a volta. São feitas algumas paradas, uma delas para o almoço. O buffet livre custa 30 soles (uns R$ 30) e não está incluído no tour. Achei muito caro. A comida não é ruim, mas não vale tudo isso. O grupo chega a Arequipa pelas 17h.

O trekking pelo Cânion de Colca é cansativo, mas vale à pena

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