Farroupilha não é a cidade mais buscada do Rio Grande do Sul, mas tem muitos encantos para quem se dispõe a explorá-la. Durante a pandemia, fiz uma viagem rápida de fim de semana para lá com a intenção de explorar a região de carro, evitando, assim, a aglomeração.
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Meu objetivo principal desta viagem era passear evitando aglomerações. Por isso, priorizei atrações fora das zonas mais urbanas e aproveitei para fazer trajetos maiores de carro, curtindo as belas estradas da Serra Gaúcha.
O Santuário de Nossa Senhora de Caravaggio
Escolhi um hotel em frente ao Santuário de Nossa Senhora de Caravaggio, famosa atração que eu ainda não conhecia. Ele fica afastado do centro, quase nos limites da cidade, o que proporciona uma belíssima vista da paisagem rural da região.
Todos os anos (antes da pandemia), milhares de fiéis se reuniam para Romaria de Nossa Senhora de Caravaggio. Em 2019, na sua 140ª edição, 130 mil devotos que compareceram ao Santuário, segundo informações da entidade.
A história de Nossa Senhora de Caravaggio começa em 1431, quando supostamente apareceu para uma camponesa. Tempos depois, um descrente teria jogado um ramo seco na fonte milagrosa criada por ela e desafiado Nossa Senhora a esverdeá-lo. O galho teria sido coberto de folhas e desabrocharam flores. Por isso, o ramo florido virou um dos símbolos da aparição.
O santuário de Farroupilha tem sua origem em um oratório erguido em madeira no ano de 1879 por imigrantes italianos. Dez anos depois, iniciou-se a construção de um templo de alvenaria, inaugurado em 1890 e conhecido atualmente como “Santuário antigo”.
De arquitetura eclética, seus tijolos foram feitos artesanalmente, com terra umedecida. Sua torre foi edificada em 1990 com pedra basáltica. Ela abriga cinco sinos: O Sino #1 é em Mi e pesa 1050 kg; o #2 é em Sol e pesa 550 kg; o #3 é em Dó e pesa 350 kg; o #4 é em Sol e pesa 220 kg; o Sino #5 é em Mi e pesa 110 kg.
O SANTUÁRIO NOVO
O moderno e imponente Santuário de Nossa Senhora de Caravaggio foi construído entre 1945 e 1963 em estilo romano e tem capacidade para 2 mil pessoas. Seu corpo é oitavado, tem 20 metros de altura e fica sob a grandiosa cúpula de 10 metros de altura.
O Parque dos Pinheiros
Minha maior surpresa em Farroupilha foi o Parque dos Pinheiros. Não sabia de sua existência e só cheguei lá para fazer hora até a hora de abertura do Restaurante Chef Antonielle (outra grande descoberta desta viagem).
Era fim de tarde e o sol caindo por trás das árvores e refletindo na água do lago tornou o momento muito poético. O recanto natural tem um pequeno caminho de terra ao redor do corpo d’água. O amplo gramado é ideal para sentar com os amigos. O local me fez lembrar um pouco do Lago Negro, em Gramado.
O Salto Ventoso
Contudo, a melhor lembrança que tenho de Farroupilha é de uma viagem de 2014, quando conheci a famosa cascata do Salto Ventoso. Lembro até hoje da paz de espírito que senti ao visitar a queda d’água de 56 metros. Lá, o turista consegue passar por trás da cachoeira em uma trilha de nível fácil. A entrada no parque custa R$ 10.