A província de Córdoba é uma das mais belas da Argentina. Seus rios e suas serras atraem turistas de todo o país. Cheguei lá com a intenção de explorar muitos de suas cidades, mas em função das medidas de prevenção contra o novo coronavírus, pude conhecer somente uma antes de voltar ao Brasil. Mesmo saindo pouco do excelente Blau Hostel, me encantei com Villa Carlos Paz e quero voltar o mais brevemente possível.
A ESTRADA ATÉ VILLA CARLOS PAZ
A primeira cidade da província de Córdoba em que dormi nessa viagem foi Bell Ville, onde uma família de motociclistas me recebeu. De lá, saí pela Ruta 9, paralela à autopista, até Villa María, uma cidade maior, onde acontece o tradicional Festival de Peñas de Villa María. Como sou muito fã da música argentina, resolvi dar uma passeadinha rápida para conhecer o auditório do evento.
Então entrei na autopista e cheguei a Córdoba capital. Há a opção de evitar o trânsito urbano, mas eu queria rever as ruas nas quais passeei em 2017, então peguei uma reta do sudeste ao noroeste da cidade, passando por alguns pontos importantes e familiares, como a rodoviária, o Parque Sarmiento, o shopping Patio Olmos e o Boulevard San Juan.
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Ainda ignorando o GPS, saí por La Calera. Eu sabia que não era o trajeto mais lógico até Villa Carlos Paz, mas eu queria passar pelo dique San Roque e pelo caminho das 100 curvas. Passei batido pela localidade de Casa Bamba e sua cascata. Estava com a moto carregada e por isso não poderia explorar com tranquilidade suas belezas (e fico com uma desculpa para voltar).
DIQUE SAN ROQUE
No dique San Roque, parei. Observei a represa, o funil e a ponte ao fundo. As obras foram feitas duas vezes: primeiro entre 1880 e 1890 e depois entre 1939 e 1944. Há um estacionamento gratuito a menos de cem metros dos miradores da região, que está a 600 metros sobre o nível do mar. Há lojas de artesanato e produtos coloniais nos arredores.
CAMINO DE LAS CIEN CURVAS
Orientei-me pelas placas e escolhi o caminho das cem curvas para chegar a Villa Carlos Paz. O ziguezaque não é tão grande como o nome sugere, mas a estrada é estreita e em meio a muita vegetação. Uma delícia para fazer em moto. Senti que estava jogando um videogame ou algo parecido.
O BLAU HOSTEL
Cheguei a Villa Carlos Paz direto no aconchegante e novíssimo Blau Hostel – eles abriram em dezembro de 2019. Guardei a moto no delicioso jardim, fiz o check-in com o solícito dono e já me enturmei com minhas simpáticas companheiras de quarto.
Ficamos no dormitório feminino, que tem três beliches. Ainda há outros quatro quartos no albergue: dois mistos de oito camas e dois privados – um deles com banheiro próprio. O hostel conta com um bar, parrilla, rede, sacada e mesinhas no jardim. Tudo extremamente limpo e arrumado.
O preço médio da diária por pessoa nos domitórios compartilhados em baixa temporada é de 700 pesos (uns R$ 45), valor que sobe para 850 (uns R$ 55) na alta. O café da manhã está incluído no valor. Os alimentos são servidos na mesa e cada hóspede vai se servindo como se estivesse em casa. Adorei o sistema e fez eu interagir mais com outros viajantes.
O QUE DEU PARA VER DE VILLA CARLOS PAZ
Saí à noite com as meninas para comprarmos comida – já havia recomendações de evitar aglomerações, mas ainda não se sabia da importância de um isolamento social mais radical. Cruzamos uma bela Puente del Centenário, a passarela de pedestres sobre o Rio San Antonio e chegamos em seguida ao centro.
A rua principal é típica das cidadezinhas turísticas da Argentina: restaurantes, lojas de artesanato e de alfajores (os cordobeses são bem famosos). O que me chamou mais a atenção foi a quantidade de teatros, a maioria com obras de comédia – todas suspensas naquele momento em função do Covid-19.
No dia seguinte, caminhei sozinha até um dos maiores cartões-postais do municípios: o Reloj Cucú. Ele tem 7,5 metros e chegou a ser um dos maiores relógios do mundo na época de sua fabricação, em 1958. Um passarinho sai de dentro da casinha a cada hora cheia e meia hora, mas não quis esperar.
Neste dia, foi decretada quarentena durante o feriadão na Argentina e achei mais prudente começar a voltar para o Brasil. Por isso, não pude conhecer nenhum dos vários balneários nos arredores de Villa Carlos Paz. Mas as meninas foram e recomendam muito Cabalango e Cuesta Blanca, que ficaram para minha próxima viagem.
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MAPA:
* A estadia no B;au Hostel foi uma permuta com o Me Leva Embora Estrada Afora – hospedagem em troca de um post no blog. As opiniões contidas no texto são independentes e baseadas na experiência que tive lá. Os preços indicados no post podem variar. *
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