O VIVA Brussels Free Walking Tour foi a maneira que encontrei para conhecer a capital da Bélgica. Contudo, em função do tempo, o roteiro se limita apenas às fachadas dos pontos turísticos. Por isso, depois de completar o percurso ouvindo as observações do guia, retornei aos locais que mais me interessaram. Além da catedral, do Museu dos Instrumentos Musicais e dos Museus Reais de Belas Artes, também explorei o Palácio Real de Bruxelas.
O Palácio Real
A visita no interior do imóvel pode ser realizada somente no verão, período em que a família real está em férias. Além dos escritórios do rei e da rainha, este também é o local de trabalho de outros serviços. A entrada é gratuita, mas as informações são precárias. Não há um guia ou placas com informações a respeito dos esplendorosos recintos. Durante o passeio, o público pode visitar algumas peças do edifício, como a escadaria, o vestíbulo, a ante-sala, o salão imperial, os salões brancos, a grande galeria, as salas do espelho, de mármore, da pilastra, de Louis XVI, do marechal, do trono, entre outras.
O Metraillete
Depois de passar quase duas horas circulando pelo glamouroso palácio, a fome começa a bater. E nada melhor (nem maior) para saciá-la do que um lanche típico da cidade, o Metraillete. Esta ogrice que ousam chamar de sanduíche consiste em pão baguete, hambúrguer, salada e, no topo, uma montanha das famosas batatas fritas belgas. Um desafio terminar até para os mais famintos.
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As batatas fritas, aliás, são um dos maiores orgulhos do país. Caso você peça por “french fries“, prepare-se para repreensões, longas comparações entre as batatinhas da Bélgica e do resto do mundo e uma aula de história de como os soldados americanos erroneamente as creditaram aos franceses durante a Primeira Guerra pelo simples fato de que se fala francês na região.
A Fritland
Na Fritland, uma das friterries mais conhecida da cidade, o sanduba gigante custa 5 Euros. Segundo o guia do walking tour, esse não é o melhor lugar para consumir o produto, pois é muito turístico. Mas eu optei ficar por ali por causa de sua localização: fica bem no centro histórico, em frente ao lindo prédio abandonado da bolsa de valores de Bruxelas. A magnífica construção de 1801 perdeu a função em 2000 com a fusão de algumas bolsas europeias. Ela ficou abandonada por vários anos e agora se prepara para receber o museu da cerveja, com previsão de abertura para 2018.
Depois de ter as baterias carregadas (até demais) com a refeição, caminhei até um outro belo edifício do município, o Palácio da Justiça. O imponente monumento se localiza no topo de uma ladeira, o que possibilita uma bela vista da cidade. A construção começou no ano de 1866 e acabou em 1883.
A Estação Central
De volta ao centro, passei em frente à Estação Central de trem do município. Os ataques terroristas no no metrô e no aeroporto de Bruxelas haviam sido a cerca de cinco meses e a segurança por ali (e em todos os cantos) era intensa. Homens do exército ostentavam armas pesadas, o que me deixava bem incomodada. Por isso, apenas assisti a um artista de rua dali tocar, no violino, Por una cabeza, de Gardel, e me dirigi a outro lugar.
O Delirium Tremens
Para relaxar, escolhi o bar mais famoso da cidade (do mundo?): o Delirium Tremens. Provei as três cervejas da casa, a Blonde, a Red e a Nocturnum, mas nenhuma agradou 100% meu paladar. Eu estava, na verdade, mais interessada nas baristas. Fiquei por mais de uma hora e as não vi descansar um minuto sequer, atendendo cliente após cliente.
Me impresssionou a agilidade com que elas perguntavam o que consumidor desejava, escolhiam o copo, o limpavam com um jato d’água, serviam o chop, retiravam o excesso de espuma com uma espátula, limpavam o copo em um balde e entregavam o líquido preciso ao ávido turista (maior público do lugar). Depois dessa espécie de espetáculo, voltei a pé ao hostel, a pouco mais de um quilômetro dali.
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