Eu tinha a missão de levar um amigo de Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, a Tramandaí, no litoral gaúcho. Escolhi ir pela Estrada Velha. O caminho mais óbvio seria ir pela BR-290. O trecho entre Porto Alegre e Osório é conhecido como Freeway. Ele foi inaugurado em 1973 e foi a primeira autoestrada do Brasil.
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Mas como José, que me contatara pelo Couchsurfing, viajava em uma Biz 100cc, a autopista não era a melhor opção. Então, decidi por também fazer turismo pelo caminho e ir pela Estrada Velha. Ela era a única via de acesso da Região Metropolitana de Porto Alegre ao litoral norte até 1973, quando a Freeway foi inaugurada.
Além de bonita, essa foi uma escolha econômica. Ao evitar a Freeway, não passamos pelos dois pedágios, um de R$ 2,20 e outro de R$ 4,40. Como a velocidade foi menor do que pela autoestrada e nos mantivemos em uma média de 70km/h, a Serena, minha Honda XRE 190, fez 46.2 km/l. Havia abastecido a R$ 4,759 em Porto Alegre e gastei, nos 143 quilômetros que percorremos, ao redor de R$ 15 de gasolina.
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A SAÍDA DE PORTO ALEGRE
Eu queria testar meus instintos de direção e viajei sem GPS. Da Zona Norte da Capital, peguei a Avenida Assis Brasil e depois a Baltazar de Oliveira Garcia por uns 7 quilômetros até o município de Alvorada. Pela mesma via, que passa a se chamar Presidente Getúlio Vargas, andei por mais 12 quilômetros até entrar a esquerda na ERS-118. Todo esse trajeto foi feito em perímetro urbano. As avenidas eram duplas, com muito trânsito e incontáveis semáforos. Demorei um pouco mais de 30 minutos para fazer o percurso.
A ERS-118
São apenas 8 quilômetros na ERS-118 até a ERS-030 na entrada de Gravataí. A pista era simples, mas não havia muito trânsito. Um bom ponto de referência para saber a hora de ingressar na ERS-030 é o acesso a Freeway. Cerca de 500 metros depois está o letreiro de Gravataí. Antes dele toma-se a ERS-030 à direita – eu passei por ele e tive de fazer um retorno mais adiante. Demoramos um pouco menos de meia hora no trajeto que deveria ser de 10 minutos.
ESTRADA VELHA, A ERS-030
São quase 100 quilômetros entre Gravataí e Tramandaí. E eles são deliciosos. A exceção são os primeiros 10 quilômetros do caminho, ainda dentro do perímetro urbano de Gravataí, e os 20 quilômetros finais, entre Osório e Tramandaí, que não me parecem dos mais belos.
A maior parte da estrada é cheia de curvinhas gostosas e paisagem de campo com morros ao fundo, passando pelos municípios de Glorinha, Santo Antônio da Patrulha e Osório. No limite entre os dois últimos, está uma das minhas partes preferidas da via, quando a Estrada Velha passa ao lado da Freeway e pode-se observar a Lagoa dos Barros à direita.
O SONHO EM SANTO ANTÔNIO
Em Santo Antônio da Patrulha, eu e José fizemos uma parada estratégica. Já estávamos pilotando há aproximadamente duas horas e escolhemos a Casa do Sonho para descansar. Pedimos, cada um, um café com leite e um sonho com recheio e cobertura, já que ele não conhecia o doce. Cada um pagou R$ 20 pela refeição. Eu ainda comprei nove mini sonhos para levar, que me custaram R$ 9,50.
O MIRANTE DO BORÚSSIA EM OSÓRIO
Em Osório está uma das maiores atrações do caminho. Ao invés de seguir reto pela ERS-030 para Tramandaí, entrei à esquerda por um pouco mais de 1 quilômetro na BR-101 e fiz o retorno à esquerda para em seguida entrar à direita na Estrada Geral da Borússia. São 4,5 quilômetros de subida em meio à vegetação até chegar ao Mirante do Morro da Borússia.
Lá, tem-se uma vista panorâmica da região que contempla lagoas, o Parque Eólico de Osório, o centro da cidade e, ao longe, as praias de Tramandaí e Imbé e o oceano. Chegamos pelas 19h30, mais de três horas depois de sair de Porto Alegre, e José conseguiu subir tranquilamente o morro com sua Biz 100cc.
DESTINO FINAL: TRAMANDAÍ
Começamos a descida já no crepúsculo da noite, mas não tivemos problemas. Voltei a acionar o GPS para me guiar de volta à ERS-030 através do centro de Osório e então para o caminho até Tramandaí. Em alguns pontos, havia iluminação com postes, mas, em geral, a estrada estava escura e foi necessário o uso da luz alta.
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