A microrregião de Lejeado-Estrela, na mesorregião Centro Oriental Rio-Grandense, é uma área cheia de belezas naturais e compreende 21 municípios. Dois deles são Imigrante e Teutônia. Passeei de moto por eles após um pequeno desvio na volta de um show do Nenhum de Nós em Carlos Barbosa, no Nordeste Rio-Grandense.
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Foram cerca de 40 quilômetros pela BR-453, a Rota do Sol, para ir da Serra Gaúcha ao Vale do Taquari. Serena, minha Honda XRE 190, fez uma média de 42 quilômetros por litro. Fui e voltei de Porto Alegre com um tanque, que entrou na reserva a poucas quadras de casa, com aproximadamente 350 quilômetros rodados.
IMIGRANTE
Fazia tempos que eu queria conhecer Imigrante, desde que ouvi falar do lançamento de um Caminho Autoguiado. São 13,8 quilômetros sinalizados em um trajeto circular até a localidade de Linha Imhoff. O percurso começa no centro da cidade, na Praça Municipal (onde está o letreiro de Imigrante).
Em frente a ela está o interessante Cactário Horst, que vende diversas espécies de cactus e suculentas. Mesmo que não haja a intenção de comprar nada, a visita vale para observar as milhares de mudas espalhadas pelo viveiro.
Não sei se por que eu estava de moto, mas não encontrei algumas atrações que planejava achar pelo recorrido. Independentemente disso, o visual interiorano é bastante agradável. A estrada varia entre o asfalto em bom estado e o chão batido sem grandes dificuldades.
EM BUSCA DAS CATARATAS PERDIDAS
Difícil mesmo foram os caminhos que percorri para tentar encontrar duas quedas d’água na região – ambas tentativas sem sucesso. Usei como GPS o aplicativo MAPS.ME, que não requer internet, já que o sinal é intermitente entre os morros. As estradas ficaram cada vez mais isoladas e complicadas. A adrenalina em cima da moto também subiu de nível.
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Uma delas era a Cascata Wasserfall III, já no município vizinho de Boa Vista do Sul. Saindo da Rota do Sol havia uma estradinha, mas a achei muito erma e desisti. Depois, percebi que seguindo a estrada da Linha Imhoff também era possível chegar lá. Andei, andei, andei por sete quilômetros e não a localizei. Perguntei para três moradores e me indicaram que era preciso descer um barranco a pé. Além de não tê-lo encontrado, não sei se teria coragem de ir sozinha.
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A segunda era a Cachoeira dos Bugres, ainda em Imigrante. Três quilômetros de chão batido e bastante tensão (e belos cenários) me levaram à propriedade de um senhor. A cascata não era por ali – e ele já parecia cansado de visitas inesperadas de turistas perdidos. O homem tentou me explicar como chegar no meu destino, mas eu já estava cansada de tantos caminhos arriscados e acabei deixando para a próxima.
O CONVENTO SÃO BOAVENTURA
Voltei para a estrada de aproximadamente cinco quilômetros entre o centro de Imigrante e a localidade de Daltro Filho e quase saltei de alegria ao pilotar no asfalto novamente. O destino era o Convento Franciscano São Boaventura – esse, sim, alcançado sem maiores percalços.
A estrutura em grês – pedra fabricada em abundância na região – começou a ser erguida nos anos 1940 e ficou pronta na década seguinte. Não encontrei ninguém, então estacionei a moto e explorei um pouco o lugar de belos jardins e paisagens.
TEUTÔNIA
Dali, percorri mais 20 quilômetros até a Lagoa da Harmonia, em Teutônia – sugestão do meu host do Couchsurfing em Carlos Barbosa. Poderia ter feito um trajeto com oito quilômetros a menos, mas estava tentando evitar chão batido – o que não consegui durante parte do percurso.
Essa é uma lagoa artificial a 593 metros de altitude. Ela foi criada para represar a água de uma usina elétrica que funcionou de 1950 a 1972. A área é privada e conta com cabanas, área para churrasco e piquenique, restaurante e pedalinhos. Era dia de semana e o acesso ao local foi gratuito e quase exclusivo – havia apenas outras cinco pessoas ao redor dos oito hectares de água.
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MAPA:
Bah que belo post ainda não conhecemos Imigrante e nem Teotônia, boas dicas!