7 em 500: Dicas para pegar carona

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O ato de pedir carona ensina muito ao viajante (Foto: rawpixel.com/Freepik)

Pegar carona foi uma das experiências mais interessantes da viagem de mais de 500 dias pela América do Sul. Tive a oportunidade de fazê-lo na maioria dos sete países que visitei. Só na Bolívia não consegui, mas no Uruguai, na Argentina, no Chile, no Peru, no Equador e na Colômbia subi no carro ou no caminhão de estranhos pelo menos uma vez.

CARONA: PRÓS E CONTRAS
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Na Colômbia, fui de Minca a Santa Marta dentro de uma caçamba

Muitas pessoas questionam sobre a segurança de pegar carona, especialmente para uma mulher viajando sozinha. Realmente, os riscos são maiores – e, consequentemente, também são maiores os cuidados. Contudo, há um ponto positivo em ser uma menina com o dedão levantado na beira da estrada: o tempo de espera. Aguardei menos de 15 minutos para ser levantada em mais da metade das vezes.

CONFIAR NO INSTINTO
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Fui ao Cânion de Chicamocha com amigos colombianos

Quando um carro parava na beira da estrada para me dar carona, olhava bem para o rosto do motorista. Aqui não tem muita ciência nem explicação, é feeling mesmo. Se sentia confiança, questionava se poderia me ajudar a alcançar meu destino. Procurava não fazer nem responder muitas perguntas pessoais.

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Cheguei a mentir algumas vezes. Disse que estava em um período de celibato ou também que era uruguaia, pois tenho a impressão que a imagem da brasileira é de uma mulher fácil. Não nos vejo assim e nem acho que seria um problema se, de fato, fôssemos, mas o interior do veículo de um bondoso desconhecido não era o lugar para combater machismos e estereótipos.

TER NOÇÃO DO CAMINHO
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O Uruguai foi o primeira país em que peguei carona

Estudar o mapa antes de começar a jornada é fundamental pela efetividade e pela segurança. Para longos trechos, é raro que alguém vá para o mesmo local que você, então serão necessárias algumas paradas. Para saber se uma carona vale a pena, é bom conhecer o nome dos municípios e pontos de referência mais importantes ao longo do caminho.

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No segundo quesito, se o condutor desviar o caminho, você vai perceber. Também é importante para mostrar confiança. Por exemplo, você pergunta para o motorista se ele pode lhe aproximar de seu destino e ele diz que só pode levar-lhe até a metade do trajeto, até próximo da cidadezinha X, é bom saber se tal lugar existe, caso contrário pode ser uma emboscada.

COLOCAR-SE EM LOCAL ESTRATÉGICO

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Os veículos dispostos a pararem para os viajantes são poucos, então é melhor facilitar ao máximo a vida do motorista que o faz. Posicionar-se em um local visível e seguro é crucial para pegar carona. Às vezes é necessário caminhar um bocado ou inclusive pegar outra condução para chegar ao melhor ponto.

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Saídas de postos de gasolina, pedágios e rotatórias são ideais, pois a velocidade é reduzida, dando tempo para que a pessoa na direção tome sua decisão. Parar em curvas não é boa ideia, pois a falta de visibilidade pode causar um acidente. Trechos com acostamento são preferíveis, pois permitem uma parada com mais segurança.

PREPARAR-SE PARA A ESPERA

Depois de encontrar o melhor lugar para levantar o dedo, é preciso ter paciência. Já aconteceu de eu não esperar nem cinco segundos. Mas também já mofei por duas horas sem sucesso. Esta última situação aconteceu no Uruguai, em um domingo. Como quem dá carona nesse país é, em geral, condutores de carro, e os veículos estavam lotados com famílias passeando, não havia espaço para mim.

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Já que é impossível prever quanto tempo irá demorar até que alguém lhe levante, é bom estar preparado. Água, comida e roupas confortáveis são imprescindíveis. Caso não seja uma via muito trafegada, pode ser boa ideia colocar a mochila no chão para não cansar. Se a carona for a única opção (o que para mim não era, já que eu tinha conhecimento básico dos horários dos ônibus e também dinheiro para pagá-los), carregar uma barraca é uma boa pedida, no caso de cair a noite.

FAZER (OU NÃO) PLAQUINHA

A clássica plaquinha é uma controvérsia. Há quem diga que ajuda, há quem acha que prejudica. Eu, particularmente, prefiro fazer plaquinhas para trajetos curtos. Isso porque já fiquei horas na estrada em função de os motoristas que iriam para um pequeno povoado próximo não entendiam que era para ali que eu queria ir.

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Um recadinho simpático é bem-vindo na mensagem aos motoristas

Para trajetos longos, me parece intimidador para o condutor. Ele pode pensar que só porque não irá até seu destino final, sua carona não ajuda. Entretanto, isso pode não ser correto, já que avançar alguns quilômetros é melhor do que nada.

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Um comentário Adicione o seu

  1. Manuel Sergio Lavallen San Martin diz:

    Uma esperança muito interessante.Uma história gravada na sua vida.parabens.

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