A viagem Curitiba – Porto Alegre de volta do show do Paul McCartney na capital do Paraná foi bem mais tranquila do que a ida. O tempo ajudou, sem uma gota de chuva, e minha confiança já estava maior, depois de ter rodado mais de 800 quilômetros de Porto Alegre a Curitiba com minha XRE 190.
CURITIBA – PORTO ALEGRE
Decidi voltar pelo mesmo caminho da ida, pela BR-101 e BR-290. O primeiro dia da viagem Curitiba – Porto Alegre foi dedicado aos 215 quilômetros entre Curitiba e Itajaí. O segundo, para os 270 de Itajaí a Urussanga. Já no terceiro, percorri aproximadamente 300 quilômetros entre Urussanga e Porto Alegre. Fiz alguns desvios para aproveitar melhor a paisagem.
ASSISTA AO VÍDEO GRAVADO EM OUTRA VIAGEM PARA URUSSANGA:
DIA 1: CURITIBA – ITAJAÍ
Saí de Curitiba pelas 10h e desci a serra tranquilamente pela BR-376. A via estava em obras, e havia um longo congestionamento de caminhões e carros. Contudo, os corredores deixados pelos veículos maiores eram amplos e consegui avançar cautelosamente com a moto por entre eles.
Depois de 130 quilômetros, entrei em Joinville para almoçar. Não há grandes atrativos turísticos, mas queria fazer uma volta de reconhecimento pela maior cidade de Santa Catarina. Estacionei a moto perto da Rua das Palmeiras e caminhei pelo centro.
Eu não sabia que havia um ferry boat de Joinville até São Francisco do Sul pela Baía da Babitonga, então acabei percorrendo os 60 quilômetros por terra até a ilha. O Iphan (Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) tombou 400 imóveis de seu conjunto urbanístico e arquitetônico. Eu também tombei. Duas vezes. Ambas para tirar fotos. Mas nada sério. Em uma delas até tive de levantar a moto sozinha e consegui.
Este foi o primeiro povoado do Estado. Em 1504 um navegador francês passou por lá e um século depois, os portugueses colonizaram a região. Um dos melhores pontos para se ter uma visão panorâmica do município é do antigo Hospital de Caridade. O prédio centenário foi desativado em 2012 e hoje abriga um bazar.
O último trecho do dia foram 110 quilômetros até a Praia de Cabeçudas, em Itajaí, onde dormiria. Cheguei a tempo de apreciar um belo entardecer na Praia da Atalaia antes de chegar no Opa Haus, onde fui muito bem recebida pelo meu anfitrião do Couchsurfing e sua família.
DIA 2: ITAJAÍ – URUSSANGA
Depois de bem descansar e tomar café da manhã, saí com meu host para caminhar pela orla até o Bico do Papagaio. Voltamos, almocei e parti para os menos de 10 quilômetros até Balneário Camboriú. Vi o Cristo Luz e o Bondinho do Parque Unipraias de longe.
Rodei um pouco pela Avenida Atlântica e decidi subir até o Morro do Careca. Lá, depois de observar o pessoal saltar de parapente, me animei e voei também. Decolei com o instrutor Narcísio, da Associação de Vôo Livre do Morro do Careca, e fizemos um sobrevoo magnífico.
Outros 190 quilômetros e passei pela ponte de Laguna. Escolhi ir pela passagem velha, para poder apreciar a nova estrutura da Ponte Anita Garibaldi de outro ponto de vista. Vinte e cinco quilômetros adiante, parei para descansar e abastecer em Tubarão, por R$ 4,09 o litro. Uma pena, pois nos postos seguintes o combustível estava mais barato.
Finalmente cheguei em Urussanga, onde dormi na casa de uma prima. Em função do parapente, acabei saindo tarde de Balneário Camboriú, mas não me preocupei. Meu celular tinha bateria suficiente para me guiar com o GPS até meu destino à noite. Jantamos, vimos um filme e descansei.
LEIA SOBRE A VIAGEM DE IDA ENTRE PORTO ALEGRE E CURITIBA
DIA 3: URUSSANGA – PORTO ALEGRE
Saí de Urussanga depois de almoçar e percorri os 120 quilômetros até Torres. Esqueci de abastecer antes da divisa de Santa Catarina e acabei tendo de abastecer já no Rio Grande do Sul, a R$ 4,59. No balneário gaúcho, visitei a Lagoa do Violão, o Morro do Farol e a Praia da Guarita.
Segui praticamente 100 quilômetros até Osório, onde saí da BR-101, peguei brevemente a RS-030 e a RS-389 (Estrada do Mar) para passar pelo parque eólico da cidade. O horário não poderia ser mais perfeito. Pude apreciar o entardecer em observando os cataventos e o pôr-do-sol na Lagoa dos Barros. Os últimos 100 quilômetros da viagem Curitiba – Porto Alegre foram praticamente à noite, mas como conhecia bem a BR-290 (Freeway), isso não foi problema.
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MAPA:
Rafa, essa foi a primeira viagem que curti, com certeza vou te seguir, felicidades tudo de bom, foi um grande prazer ter te conhecido, bjs….
querido! prazer imenso!
um abração a todos!
Tô me organizando pra fazer Porto Alegre – Curitiba com meu namorado em outubro, que bom que te achei! Tudo bem detalhadinho pra gente se organizar aqui. Fiquei feliz de achar uma mulher fazendo essa viagem porque me dá mais segurança e motivação.
Aaaaah, Mariaaa! Coisa boa te ler! A viagem é bem delícia, ainda mais se tu faz ela devagar que nem eu fiz (uns meses depois, fiz POA-CWB em um dia só. Foi Cansativo, mas “sobrevivível” hehheh). Ser mulher dificulta um pouco as coisas, mas a gente consegue fazer tudo! Bons ventos pra vocês! Vrum vrum!