Cusco: free tour, boleto turístico e igrejas

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A Plaza de Armas de Cusco é o principal ponto de encontro da cidade

Cusco, no Peru, foi a capital do Tawantinsuyo, o Império Inca. Por isso visitar esse lugar é fundamental para conhecer os primórdios do nosso continente, já que os incas dominaram parte de seis países sul-americanos: Colômbia, Equador, Peru, Bolívia, Chile e Argentina. Para explorar melhor o município, declarado patrimônio mundial pela Unesco, optei por me juntar a um free walking tour.

FREE WALKING TOUR EM CUSCO
A Piedra de 12 Puntas é uma referência da arquitetura incaica

No Free Walking Tour Cusco, o guia resumiu a história da cidade, cujo nome original é “Qosqo”, que significa “centro do mundo” em quechua (idioma inca). Ele também contou sobre os primórdios da civilização Tiwanaku, passando pelos incas – desde o primeiro, Manco Cápac, ao último, Atahualpa, – até chegar na invasão espanhola em 1532. Enquanto caminhávamos pelas ruelas, ou visitávamos o Palácio Inka de Kusikancha, ele falava sobre as técnicas de construção e sobre a estrutura da sociedade incaica.

A cidade tem um formato de puma – um dos animais sagrados para eles, junto com a serpente e o condor – e abrigava aproximadamente 10 mil pessoas na época imperial. Como era o centro mais importante do Tawantinsuyo, todos os caminhos incas começavam em Cusco, onde hoje fica a Plaza de Armas: Chinchaysuyo para o norte, Antisuyo para o leste, Qollasuyo para o sul e Kuntisuyo para o oeste.

TEMPLOS DEL MONO E DE LA LUNA
A área que contempla o Templo de la Luna transmite muita paz

Cusco ainda preserva algumas ruínas do antigo império. O Templo do Macaco e o Templo da Lua ficam a menos de três quilômetros da Plaza de Armas, mas chegar até lá pode ser cansativo em função da subida pelas charmosas ruas do bairro San Blás. O acesso é livre e a caminhada pelos restos de construções cercados de natureza é linda, especialmente em um dia de sol.

AS ATRAÇÕES DO BOLETO TURÍSTICO
Q’enqo é um pequeno sítio arqueológico perto do centro

A um pouco mais de um quilômetro ficam as ruínas de Q’enqo. Oficialmente, para visitá-las é necessário comprar o boleto turístico, que custa 130 soles (uns R$ 130), é válido por cinco dias e serve como entrada para 15 atrações na região de Cusco. Contudo, quando passei por lá, ninguém me pediu o ingresso.

Ao lado delas fica um dos maiores sítios arqueológicos ligados aos incas: Saqsayhuaman. Além dos restos da construção, de lá também se tem uma bela vista panorâmica de Cusco. Puka Pukara e Tambomachay são as outras ruínas incluídas no boleto que ficam dentro da cidade. Para chegar a elas basta pegar um ônibus que custa 1 sol (cerca de R$ 1).

No centro estão os museus do boleto. Não cheguei a visitar o Museu de Arte Popular nem o Centro Qosqo de Arte Nativo. Já o Monumento al Inka Pachakutec é uma homenagem ao imperador considerado mais importante de Tawantinsuyo, Pachakutec Inka Yupanki. Do alto da torre de seis andares se tem uma vista panorâmica da cidade.

O Monumento al Inka Pachakutec homenageia o grande líder do império

O Qoricancha fica sob um sítio arqueológico. Ele apresenta artefatos históricos. A Casa Garcilaso conta com visitas guiadas gratuitas para explicar as peças pré-incaicas, incaicas e coloniais expostas no local. Segundo minha orientadora, não existe a palavra “fome” em quechua, pois os incas não sofriam com escassez de alimentos. O de Arte Contemporânea oferece duas pequenas galerias de quatros e fotografias. É o menos interessante de todos.

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Qoricancha fica na área central de Cusco
AS IGREJAS DE CUSCO

Cusco é repleta de igrejas. A maioria delas cobra entrada para visitas fora de horário de missa. Conheci a Catedral e a Compañia de Jesús durante a celebração. O ideal é chegar alguns minutos antes para poder andar pelos corredores entre os bancos sem atrapalhar os fiéis. Não é permitido fazer fotografias no interior dos templos.

A Iglesia de la Compañía e a Catedral são as duas igrejas da Plaza de Armas
A BANDEIRA, O CARNAVAL E OS CAFÉS

O turista que chega a Cusco se depara com bandeiras com as cores do arco-íris nos mastos. Apesar de ser muito parecida com a dos LGBT, o estandarte deste município é anterior à das Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros e também tem uma cor a mais, o azul claro.

Cheguei no domingo de Carnaval e a cidade estava em festa. Houve desfile (chamados de pasacalles) durante toda a tarde com agrupações locais apresentando coreografias típicas. Uma semana depois ainda fizeram um pequeno evento para encerrar a semana.

Há duas cafeterias interessantes em Cusco. Esses lugares são ideias para descansar e planejar os passeios ao redor de Cusco, como ao Vale Sagrado (com várias ruínas do boleto turístico), Montanha de Sete Cores, Lagoa de Humantay e Machu Picchu.

No Museo del Café, cada grão é escolhido a mão

No Museo del Café há painéis explicativos sobre seu cultivo no Peru e no mundo. É possível observar a seleção dos grãos usados nas bebidas servidas no local. Já o Choco Museo (rede que se encontra também em outras cidades), oferece degustação de chocolate, geléias e licores à base de cacau, além ter cartazes que contam como é o processo de produção do produto.

Geléias à base de cacau podem ser degustadas no Choco Museo
OS ARREDORES DE CUSCO

O boleto também inclui dois sítios arqueológicos a leste de Cusco: Pikillaqta e Tipón. Não cheguei a visitar o primeiro. Para o segundo tomei um ônibus no centro cusquenho por 2 soles (R$ 2) e cheguei até o povoado de Tipón. Ignorei os taxistas que se ofereciam para levar-me até as ruínas por menos de 10 soles (R$ 10), mas me arrependi na metade do caminho. São quatro quilômetros de pura subida. Pedi carona na estrada e ninguém parou. Por sorte, um táxi subia vazio e me levou até meu destino por 5 soles (R$ 5).

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Tipón teve um desenvolvido sistema de aquedutos

O parque tem 240 hectares e conta com terraços de plantação, restos de construções e canais de irrigação. Além disso, o povoado de Tipón é considerado um dos melhores lugares para se comer cuy, o porquinho da índia, tradicional prato peruano.

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