Montevidéu é uma cidade plana e não muito grande, ou seja, perfeita para caminhar. E cidades perfeitas para caminhar geralmente são perfeitas para fazer free walking tours. E a capital uruguaia não é diferente. O Free Walking Tour Montevideo sai da Plaza Independencia às 11h e às 14h30min nos dias de semana e às 14h nos sábados e chega ao Mercado del Puerto umas duas horas e meia depois.
O FREE WALKING TOUR MONTEVIDEO
No caminho, a guia fala, em espanhol, sobre o país e o município. Havia sete pessoas participando do Free Walking Tour Montevideo, a maioria brasileiros, e éramos conduzidos por Franca. Em frente à estátua do General Artigas, ela passou alguns dados sobre o lugar. De acordo com suas informações, “Uruguai” significa “rio dos pássaros pintados” em Guarani.
Segundo ela, os povos originários foram perseguidos por presidentes por muitos anos, e isso resultou numa quase extinção dos Charruas. A população do país gira em torno de 3 milhões, sendo que metade dela mora em Montevidéu.
VEJA TODOS OS POSTS SOBRE MONTEVIDÉU
O largo onde o grupo do Free Walking Tour Montevideo se encontra foi criado para unir a cidade velha com a cidade nova. Ao redor dele estão algumas das construções mais importantes do país. O Palácio Salvo, obra de um arquiteto italiano que usou a Divina Comédia como inspiração, foi erguido em 1928.
Com seus 105 metros, ele foi o mais alto da América do Sul, e tem um edifício “irmão” em Buenos Aires. Na mesma esquina havia uma confeitaria onde foi apresentada pela primeira vez La Cumparsita, um dos tangos mais famosos do mundo. Agora, em 2017, a cidade celebrava o centenário deste acontecimento.
O Palácio Estevez fica em frente à Independência e já foi sede da presidência. Hoje, ele é o Museu da Casa de Governo, com visitas gratuitas. Lá dentro é possível ver o cachorro embalsamado do ex-presidente Venancio Flores. Ele saía sempre com seu animal de estimação (mesmo depois do pet ter morrido). No dia que não o fez, foi assassinado. Ao lado está a Torre Ejecutiva, atual gabinete do presidente.
A peatonal sarandí
Em seguida o grupo se dirigiu até a Puerta de la Ciudadela e entrou na Ciudad Vieja. A estrutura é parte dos muros da antiga Montevidéu, mas durante o processo de independência, foi derrubada. Ela foi colocada próxima ao lugar original em 1959 e foi restaurada em 2009. Antes, a porta abrigava imagens de santos. Hoje, como o Uruguai é um país laico, as estátuas foram retiradas e o espaço ficou vazio para que a população imagine o que quiser.
VEJA DICAS DE O QUE FAZER DURANTE UMA CONEXÃO EM MONTEVIDÉU
Na porta começa a Peatonal Sarandí, o calçadão mais importante da cidade. É também a calçada da fama, com nomes de pessoas importantes gravados em placas no “Paseo de los Soles”. Ali, Franca explicou algumas coisas sobre cultura, especialmente sobre o candombe e a murga.
Dali nos encaminhamos para o Solís, um dos primeiros teatros da América Latina e o primeiro do Uruguai. Sua construção começou em 1841 e ainda hoje é um dos mais importantes da nação. As alas laterais da sala de espetáculos foram erguidas 18 anos depois para gerar renda, pois era um local privado. Quando deixou de dar lucro, foi vendido ao Estado, que o mantém e assegura preços justos às funções.
A RAMBLA
Do Solís a turma do Free Walking Tour Montevideo vai para a Rambla, avenida de 22 quilômetros que costeia o Río de la Plata, o mais largo do mundo. Sentamos na grama em frente ao Templo Inglês, primeira igreja protestante da cidade. Lá descansamos, tomamos mate e ouvimos um pouco sobre outras cidades do país, como Cabo Polonio, La Paloma e Punta del Este.
PELAS PRAÇAS
De volta ao centro da Ciudad Vieja, chegamos à Praça Matriz, também conhecida como Praça Constituição. Seus nomes têm a ver com prédios localizados ali. A catedral é o templo católico mais importante da cidade. Já o cabildo foi o local onde se assinou a Carta Magna. Atualmente ele funciona como museu nacional com entrada grátis. A fonte que se encontra no meio do largo antes ficava no cabildo, mas foi realocada para celebrar a chegada da água potável na cidade.
Outra praça visitada durante o free walking tour é a Zabala, em homenagem a Bruno Mauricio de Zabala, que teria fundado a cidade ao redor de 1700. Ali Franca contou que, a seu ver, o gentilício “uruguaio” está errado, e deveria ser usado somente para as pessoas que nasceram no rio. O correto seria “orientais”, pois nasceram na República Oriental do Uruguai, nome oficial do país, que aponta sua localização.
A geografia também pode estar ligada ao nome da cidade. Uma das possibilidades é que ela signifique “Monte VI de E a O”. Isso quer dizer que é “o sexto monte de este a oeste”. Em frente ao largo se localiza o Palácio Taranco. Ele servia de palácio das comédias antes do surgimento do Teatro Solís, e hoje é sede do Museu de Artes Decorativas.
O FINAL
O passeio vai finalizando pelo imponente edifício do Banco da República, pela Igreja San Francisco de Asis, e termina no Mercado del Puerto. O Free Walking Tour Montevideo da tarde chega no famoso ponto turístico perto do horário de fechamento, em que os restaurantes já estão terminando o expediente. O prédio do mercado tem uma história interessante. Ele foi desenhado para ser uma estação de trem na Bolívia, mas se tornou um centro de gastronomia (principalmente de parrillas) no Uruguai.
CURTA A PÁGINA DO ME LEVA EMBORA ESTRADA AFORA NO FACEBOOK
SIGA O ME LEVA EMBORA ESTRADA AFORA NO INSTAGRAM
ACOMPANHE O ME LEVA EMBORA ESTRADA AFORA NO TWITTER
MAPA: