A passagem por Caruaru foi bem rápida, apesar de ser o principal destino dessa tour pelo Nordeste. É que ali, na capital do agreste pernambucano, aconteceu o Caruaru Rock Festival, que reuniu as bandas Nenhum de Nós, Biquini Cavadão, Detonautas Roque Clube e Urban Legion. Apesar da curiosidade que eu tinha sobre a cidade, escolhi ficar no hotel durante a maior parte do tempo.
o wa hotel
Os motivos: 1) a distância, já que estava hospedada em uma área mais afastada e 2) são pouquíssimas as vezes em que me dou o luxo de estadia em um hotel, assim que pretendia aproveitar cada segundo da mordomia. Além disso, o esabelecimento era anexo a um shopping. E dendro do shopping, um boliche. Aí, sim, a decisão de ficar por ali foi concretizada. O WA Hotel é grande e se tem uma bela vista do município desde o saguão. O preço não é dos mais caros. O único senão é a localização.
os shows em caruaru
A noite ficou reservada para o festival. Fazia tempo que eu não desfrutava tanto de um show do Nenhum. Acho que a sensação de estar longe de casa e a empolgação do público nordestino deram um toque especial à apresentação. A (rara) oportunidade de assistir ao Biquini Cavadão também aumentou a felicidade de estar ali. Os fãs lotaram o Palladium para assistir aos shows.
o alto do moura
No dia seguinte, após o check-out, eu e minhas amigas tomamos um ônibus para o Alto do Moura. O bairro é conhecido pelo artesanato e pelos restaurantes que servem bode assado, prato típico nesta parte do Brasil. Na parada, conversamos com uma senhora que nos contou sobre a seca na região. Ela disse que não é incomum ficar sem água na torneira por uma semana. E falou aquilo com uma naturalidade surpreendente para mim.
Ainda mais depois de passar umas 12 horas no hotel sem encontrar nenhum lembrete ou pedido do uso consciente da água. Fiquei pensando por que o líquido chegava sem limites nos canos do WA e a mulher precisava fazer malabarismos com as gotas que chegavam à sua casa. O bus dela chegou e não encontrei resposta – mas, infelizmente, imagino qual seja.
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MAPA:
Ficou a desejar o relato sobre o turismo local ! Vc se preocupou em fazer um relato sociológico, quando sabemos que no agreste nordestino a seca predomina!
Oi, Franck. Sinto muito se o artigo não lhe agradou. Escrevi sobre o que mais me chamou a atenção, e foi justamente a seca. Como moradora do sul do Brasil, me interessou bastante saber como as pessoas vivem sem água na torneira todos os dias – fato que me ensinou a valorizar ainda mais esse líquido precioso. Obrigada pela visita e pelo feedback!