Cundinamarca é o departamento vizinho a Bogotá. Cajicá, Zipaquirá e Nemocón são três de suas cidades mais conhecidas, todas da província Sabana Centro. Cajicá foi minha base na região, onde encontrei uma host do Couchsurfing. O município tem um centrinho e uma estação de trem charmosos. A viagem desde a capital colombia na demora aproximadamente 30 minutos e custa COP 3.000 (uns R$ 4,50).
ZIPAQUIRÁ
Zipaquirá chegou a ser uma das cidades mais importantes do país como resultado da exploração do sal. Seu pequeno centro ainda preserva um pouco da riqueza daquela época. No município está a primeira maravilha da Colômbia, de acordo com o leitores do jornal El Tiempo.
A Catedral de Sal foi construída dentro de uma mina. Salgada não é somente a estrutura, mas também o ingresso: COP 52.000 (Uns R$ 76) para estrangeiros. A entrada inclui um áudio guia com explicações em cada estação da via crucis.
O templo religioso foi adaptado 180 metros abaixo da superfície dentro de alguns dos 180 buracos da estrutura. O audioguia aborda mais as questões religiosas. Na nave principal está a cruz subterrânea mais alta, com 16 metros de altura.
Para quem busca informações sobre a mineração precisa tomar o tour Ruta del Minero, que custa COP 6.000 (un R$ 9) adicionais. Durante 30 minutos o guia leva os turistas por dentro de túneis, sendo que 160 metros são percorridos em completa escuridão para que se tenha a sensação de como os mineiros trabalhavam. Os visitantes também usam picaretas para tentar extrair o sal das paredes, mas é uma tarefa bem difícil.
NEMOCÓN
Já em Nemocón está a Mina de Sal. A passagem entre Zipaquirá e Nemocón custa COP 3.200 (uns R$ 5) e demora aproximadamente uma hora. A entrada custa COP 26.000 (uns R$ 40). Há Wi-Fi grátis para visitantes. O ingresso inclui visita guiada de mais ou menos duas horas pela mina e pelo museu de história natural. Os espaços são acessíveis para cadeirantes.
A cascata de sal, os espelhos d’água e o coração de Nemocón são as principais atrações da mina. O coração é o maior cristal de sal do mundo, de acordo com o guia. Infiltrações de água separam o sal de outros minerais.
Por isso, tanto a cascata, como as estalactites (que têm origem no teto) e as estalagmites (que saem do chão) são brancas. Essas estruturas demoram um ano para crescer aproximadamente dois centímetros. A mais antiga da mina tem cerca de 150 anos.
A mineração aconteceu neste lugar de 1820 a 1968. Hoje, a extração é feita em tanques de água. De acordo com o guia, a presença do sal na região se deve ao fato de que há 144 milhões de anos, a Colômbia era um grande mar. O Muiscas (povo originário) usavam o sal para conservar a caça. O sal era tão importante que era conhecido com “ouro branco” e usado como pagamento (daí vem a palavra “salário”).
CENÁRIOS NA MINA
Além disso, o tour também passa por um dos cenários no interior da mina utilizados no filme “Los 33“, que conta a história dos mineiros soterrados 700 metros sob a superfície em uma mina no Chile em 2010. Outro ambiente montado é sobre o explorador Alexander von Humboldt, cientista prusso com grande influência na América do Sul.
CONHEÇA MAIS SOBRE A HISTÓRIA DOS MINEIROS NO POST SOBRE O MUSEU REGIONAL DO ATACAMA
SUESCA
Na província de Almeidas, também em Cundinamarca, fica Suesca. O pequeno município conta com lindos paredões de pedra, ideais para os que buscam adrenalina. Foi a primeira vez que fiz escalada em parede natural. Fui de moto com amigos que me pegaram em Cajicá. Depois de tanto que eles pechincharam, conseguimos baixar o preço para COP 15.000 (uns R$ 23) por pessoa uma subida. Meu amigo escolheu a rota intermediária e eu e minha amiga elegemos a iniciante.
CURTA A PÁGINA DO ME LEVA EMBORA ESTRADA AFORA NO FACEBOOK
SIGA O ME LEVA EMBORA ESTRADA AFORA NO INSTAGRAM
ACOMPANHE O ME LEVA EMBORA ESTRADA AFORA NO TWITTER
MAPA: