O Valle Sagrado, no Peru, é uma área no departamento de Cusco a aproximadamente 30 quilômetros da capital. Ela se extende pelo Rio Urubamba – que dá nome à principal cidade do vale – desde Pisac até Ollantaytambo, e compreende vários pequenos povoados, a maioria deles com restos de assentamentos dos incas.
Urubamba é o principal município do Vale Sagrado dos Incas, e o transporte coletivo para outras localidades é fácil. Contudo, escolhi ficar em Ollantaytambo, onde encontrei um excelente host de Couchsurfing. Era necessário primeiro pegar uma van até Uruamba para encontrar locomoção para outros destinos. A passagem vale 1,50 soles (cerca de R$ 1,50).
OLLANTAYTAMBO, minha sede no valle sagrado
O transporte de Cusco a Ollanta custa 10 soles (uns R$ 10), mas, como tudo no Peru é pechinchável, me cobraram 8. A van sai das proximidades da Avenida Grau com a Rua Pavitos. Não há um horário específico, o veículo só sai quando está cheio. A viagem demora aproximadamente duas horas. Os passageiros desceram na praça central. Da estação ferroviária, a algumas quadras dali, é possível tomar o trem a Machu Picchu.
Ollantaytambo é um pequeno povoado no Valle Sagrado. A arquitetura é uma mescla de construção incaica e espanhola, o que dá um charme especial ao vilarejo. Há ruínas espalhadas ao redor do município, mas a principal delas fica no centro. A entrada está incluída no boleto turístico, que custa 130 soles (uns R$ 130). Ela servia de centro militar, religioso e agrícola.
PISAC
O primeiro sítio arqueológico do Valle Sagrado que visitei foi o de Pisac. A viagem até lá desde Ollanta demorou uma hora e meia, mais ou menos, e custou 6,50 soles (R$ 6,50) – 1,50 para ir a Urubamba e 4 dali até Pisac). A atração é uma das contempladas no boleto turístico. Entrei no escritório da administração, pois queria tirar uma dúvida e ali apresentei meu ingresso. Se não o tivesse feito, acredito que ninguém teria cobrado a entrada.
COMO IR
Financeiramente, até pode ser mais barato tomar um tour com alguma agência de Cusco. Há um passeio guiado que custa 35 soles (uns R$ 35) e inclui outras ruínas do Valle Sagrado. Contudo, é necessário acompanhar o ritmo do grupo e é disso que não gosto. Fiquei quatro horas em Pisac e isso não teria sido possível se houvesse ido com uma empresa.
A condução de quem vai por conta própria deixa os passageiros próximo ao charmoso centro do povoado. As ruas coloniais e a feira de artesanato são muito agradáveis e vale à pena conhecer. Dali é preciso caminhar cerca de um quilômetro até a uma entrada do complexo arqueológico ou pegar um táxi que leva os turistas ao seu outro extremo.
Recomendo o táxi para quem tem um orçamento mais folgado e não se sente preparado para andar mais de três quilômetros a pé, com quase 500 metros de subida. Mas a intensa caminhada compensa por permitir que se observe com mais atenção as belezas deste imenso lugar. Os restos do conjunto de casas da antiga cidadela de P’isaca estão bem conservados, e além disso há muitas terraços de plantação e natureza para apreciar.
CHINCHERO
De Pisac fui a Chinchero. Foi necessário voltar a Urubamba e pagar uma passagem de 2,50 soles até a entrada do povoado. Aqui também fiz questão de apresentar o boleto turístico, mas se tivesse caminhado direto, sem deter-me no controle, não acredito que teriam me parado. A principal estrutura de Chinchero é sua igreja. Ao lado dela estão terraços e uma pequena trilha.
MORAY
Moray é um complexo arqueológico cinco quilômetros e meio do município de Maras. Para chegar até lá, é preciso tomar um ônibus até a entrada da cidade e dali um outro transporte até a praça central, que cobra 1 sol (R$ 1). Do centro, pode-se pegar outro transporte ou caminhar pelos campos até o complexo arqueológico. Escolhi a segunda opção para poder desfrutar da tranquilidade do lugar.
Investigações apontam para o fato de que Moray serviu como centro de pesquisa agrícola incaico. O formato circular dos terraços dá um visual muito interessante às ruínas. Há um posto de controle onde pedem a apresentação do boleto turístico. Na volta, uma van queria que eu pagasse 15 soles (R$ 15) para regressar no veículo. Agradeci e neguei a oferta. O motorista chegou ao preço de 4 soles (R$4) para me levar, mas preferi seguir o caminho a pé.
CURTA A PÁGINA DO ME LEVA EMBORA ESTRADA AFORA NO FACEBOOK
SIGA O ME LEVA EMBORA ESTRADA AFORA NO INSTAGRAM
ACOMPANHE O ME LEVA EMBORA ESTRADA AFORA NO TWITTER
MAPA:
Um comentário Adicione o seu