![](https://i0.wp.com/melevaembora.com.br/wp-content/uploads/2017/12/foto-de-cafayate.jpg?resize=1000%2C667&ssl=1)
Cafayate era um dos lugares que eu mais queria conhecer na Argentina. Essa é uma pequena cidade na província de Salta, no norte do país. Seu principal atrativo é a Quebrada de las Conchas. Ela é famosa pela série de formações rochosas que se estende por cerca de 30 quilômetros. As primeiras atrações ficam distantes uns 20 quilômetros do centro pela Rota 68. Como o acesso até a estrada era fácil, somente uma meia hora de caminhada, decidi tentar pegar carona.
![cafayate](https://i0.wp.com/melevaembora.com.br/wp-content/uploads/2017/09/foto-de-cafayate-2.jpg?resize=1000%2C667&ssl=1)
Eu imaginava que alguém ia me pegar, levar até o último local que eu queria visitar e teria que caminhar entre os pontos que me interessavam. Mas tive muito mais sorte do que isso. Aproximadamente 20 minutos depois de começar a levantar o dedão, um carro parou. Era um casal de franceses muito simpáticos que, depois, descobri que haviam estado no mesmo hostel que eu, o Rusti-k. Eles haviam alugado o veículo em Salta capital, estavam voltando para a cidade e iriam fazer paradas em todos os lugares que tivessem vontade.
OS MÉDANOS
A primeira vez que descemos do carro foi nos médanos. São dunas de areia que aparecem de repente, como se estivéssemos perto da praia. Isso tem uma explicação: milênios e milênios atrás, toda essa região costumava ser oceano.
![cafayate](https://i0.wp.com/melevaembora.com.br/wp-content/uploads/2017/09/foto-de-cafayate-6.jpg?resize=1000%2C167&ssl=1)
Foram encontrados depósitos salinos e diversos fósseis de animais marinhos (por isso, o rio foi batizado de “Río de las Conchas”). Esses fósseis são alguns dos elementos geológicos que formam a área. As dunas estão cerca de oito quilômetros distantes do centro de Cafayate. É preciso ficar atento à discreta placa que indica a entrada e, poucos metros a seguir, abrir uma porteira.
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A QUEBRADA DE CAFAYATE
Onze quilômetros depois dos médanos está Los Colorados (os vermelhos), a primeira das muitas impressionantes formações rochosas. São altos morros cuja cor e textura chamam a atenção. Em seguida, vem Las Ventanas (as janelas). Depois, está La Yesera, altos paredões coloridos. Para chegar até eles, é preciso caminhar por cerca de 15 minutos. O mirador Tres Cruces é o próximo destino. Dele, se vê todo o vale.
![cafayate](https://i2.wp.com/melevaembora.com.br/wp-content/uploads/2017/09/foto-de-cafayate-3.jpg?resize=1000%2C667&ssl=1)
Então é a vez das duas principais atrações da RN-68, distantes menos de um quilômetro entre elas: o Anfiteatro e a Garganta del Diablo. Eles são paredões gigantescos com vãos no meio. No Anfiteatro, não é raro ver gente cantando ou tocando instrumentos para aproveitar a magnífica acústica do local. Na Garganta, os visitantes se aventuram escalando algumas partes da rocha para explorá-la melhor.
A coloração predominante vermelho-alaranjada das formações se deve ao óxido de ferro que se encontra na região. A paisagem me lembrou bastante os cânions de Arizona, nos Estados Unidos, e a Capadócia, na Turquia. Para voltar, levante o dedo na beira da estrada quase em frete à entrada da Garganta. Em menos de 10 minutos, um senhor que voltava do Peru me levantou e me deixou no centro de Cafayate.
AS BODEGAS E AS CASCATAS
No dia seguinte, passeei pelo centro, que não vai muito mais além do tradicional passeio pela praça central, onde se encontram a igreja e várias lojas, principalmente de artesanato. Um pouco mais afastadas estão outros estabelecimentos que dão fama a Cafayate: as vinícolas. Conheci a Bodega Vasija Secreta, que não cobra pela visita guiada, que dura uns 10 minutos, com degustação ao final.
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Mais cedo, havia estado no Parque de las Siete Cascadas (Parque das Sete Cascatas). A entrada é grátis, mas, se o viajante quiser o acompanhamento de um guia, ele cobra 40 pesos por pessoa a cada cachoeira (uns R$ 8). Isso porque a trilha é bem complicada e cansativa e muita gente prefere retornar antes de chegar ao final.
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Eu fui uma dessas pessoas. Fui sem guia e antes mesmo de chegar à primeira queda d’água, parei. Mas o trajeto, com certeza, valeu à pena. Caminhar no meio de dois grandes morros, com muitos cactus ao redor e cruzando o Río Colorado de vez em quando foi uma grande experiência.
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