As férias finalmente haviam chegado. Entre julho e agosto de 2016, seriam 30 dias na Europa, visitando França, Alemanha, Holanda, Bélgica e Inglaterra. As passagens foram compradas em março pelo site da Air France, com viagens entre os aeroportos Salgado Filho (POA) e o Charles de Gaulle (CDG).
O itinerário era Porto Alegre – Brasília, Brasília – Paris na ida e Paris – Guarulhos, Guarulhos – Porto Alegre na volta. Os trechos nacionais seriam operados em parceria com a Gol. A expectativa era maior para ver a exposição Habiter le campement, em Paris, com cinco fotos minhas, rever alguns amigos e voltar a Bournemouth, cidade inglesa onde morei em 2010.
A ida
Na data do embarque, fui informada pela companhia que meu nome não constava no voo para Brasília. Em seis letras: pânico. Já comecei a vislumbrar minhas férias arruinadas, uma tragédia, todos os planos, as ideias de reencontros, tudo indo por água abaixo. Mas nem tudo estava perdido.
Depois de quase duas horas, a atendente da companhia conseguiu uma passagem para mim. Antes, ela precisou checar com a Air France se eu realmente havia feito a compra. A explicação foi que, na hora da aquisição, o site da companhia francesa não comunicou o sistema da Gol de que eu havia reservado um assento.
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Passada toda a tensão, embarquei toda faceira para o Distrito Federal pensando que minha cota de imprevistos havia terminado. De lá, embarcaria para Paris e passearia pelo Velho Continente e seria tudo maravilhoso. E realmente foi. Foi tudo tão maravilhoso que esqueci que, se houve problema de comunicação entre as empresas no voo da ida, era provável que na volta seria a mesma novela.
A volta
Mesma novela, novo capítulo. No dia da volta, cheguei ao aeroporto Charles de Gaulle prevendo complicações. E não deu outra. O pessoal da Air France não localizou minha passagem da Gol do trecho Guarulhos – Porto Alegre. Passei uma hora com os funcionários da companhia e não consegui resolver nada. Acabei embarcando para o Brasil sem a confirmação do voo e sem a certeza de como faria para chegar em casa.
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Ao aterrizar em solo paulista, me ocupei de minhas obrigações: 1) pegar minha bagagem, que não pude levar comigo na cabine; 2) descobrir como voltaria para Porto Alegre. Não costumo despachar minha mochila, mas comprei uma em Londres que era um pouco maior do permitido como mala de mão.
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Na esteira, malas e mais malas passavam e nada da minha linda Quechua 60L novinha. Uma hora depois, todos os passageiros já haviam recolhido seus pertences e saído do saguão. Todos menos eu e umas cinco pessoas. Eu já estava xingando mentalmente os caras que me fizeram despachar minhas coisas. Uma estrangeira, mais sensata do que eu, descobriu que havia uma outra esteira com bagagens fora do padrão. Fui até lá e encontrei, escondida em um canto, minha mochila.
Gol, Air france, Avianca
Resolvida essa questão, passei para a mais complicada. No guichê de conexões da Gol, recebi uma informação que me deixou perplexa: não havia mais voos para Porto Alegre naquele dia. Whaaaaat? Me mandaram procurar a Air France. Depois de 10 horas de voo, mais umas duas no aeroporto em Paris e outra em Guarulhos, me arrastei para o balcão da empresa.
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Me informaram que a Gol está diminuindo a malha aérea, cancela voos e não notifica ninguém. Tentaram solucionar o problema, não conseguiram e mandaram eu procurar a Gol de novo para que providenciassem um hotel para mim, já que o próxima aeronave com destino a Porto Alegre seria só na manhã seguinte.
Caminhei quase 10 minutos para trocar de terminais e encontrei o lugar que precisava. Algumas ligações depois, a atendente da Gol conseguiu me colocar em um voo da Avianca que partiria em um pouco mais de três horas. Apesar do cansaço e do desânimo que toda essa situação criou, eu quase dei pulos de alegria. Depois de uma viagem que somou 24 horas, finalmente chegaria em casa.
Isso tudo deu dor de cabeça, mas não tive nenhum gasto e nem perdi compromissos. Mas sabia que para problemas mais sérios você pode solicitar indenização? Confira nesse link como ser compensado em casos de atrasos ou cancelamentos de vôos, conexões perdidas, bagagens extraviadas e embarque negado.
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MAPA:
Ufa, que stress não? Mas ainda bem que deu tudo certo no final e você teve uma viagem maravilhosa. Ainda bem que tudo tem dois lados. Gostei da forma engraçada como você contou seus apuros, agora a gente ri, não é?
Hahaha… É mais um causo de viagem para contar