“It winds from Chicago to L.A. / More than two thousand miles all the way / Get your kicks on Route 66“. Eternizada em inúmeras obras da música, da literatura e do cinema, a Rota 66, nos Estados Unidos, é, talvez, a estrada mais célebre do mundo.
A ROTA 66
E isso que, desde 1985, ela não exista mais oficialmente. A rodovia criada em 1926 foi substituída por autopistas, mas ainda é possível passar por trechos do traçado original de quase 4 mil quilômetros (cerca de 480 deles no estado de Illinois). Pensando nisso, durante uns dias de folga do semestre que estudei jornalismo em Muncie, Indiana, realizei parte do meu sonho de conhecer a Mother Road.
Como a Rota 66 já não figura em mapas oficiais, comprei, pela internet, uma série de mapas com orientações turísticas. Também imprimi roteiros e consegui um GPS. Mesmo assim, não consegui seguir exatamente a antiga estrada, que seguia, em grande parte, o traçado da linda do trem. Saí sem roteiro definido, pois não sabia o que esperava.
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Era o feriadão de Ação de Graças de 2011, na última quinta-feira de novembro. Na terça-feira, saí da aula na Ball State University, aluguei o carro e dirigi até Chicago, onde a US 66 terminava. Lá dormi na primeira noite. Foi o único lugar que fiz uma reserva prévia em hostel.
Os outros hotéis foram escolhidos na hora, quando começava o entardecer. Buscava o mais próximo de acordo com a GPS e, se o preço estivesse de acordo com o orçamento, ficava. A última cidade em que dormi, na sexta e no sábado, foi Saint Louis, já em Missouri. Com isso, cruzei todo Illinois (apenas um dos oito Estados que Rota 66 cortava entre o Lago Michigan e o Oceano Pacífico).
I 55 vs. US 66
A viagem, se feita completamente pela Interstate 55, demoraria cerca de cinco horas. Contudo, com todas as paradas para visitar e fotografar lugares, desvios, foram dois dias e meio na tentando me manter no antigo traçado da Rota 66.
Também fiquei perdida por cerca de uma hora. Isso aconteceu por seguir as flechas que mostram como seguir pela velha estrada, mas acabei perdendo a próxima indicação e terminei em uma plantação de milho. Pedi indicação em um bar digno de cenário de filme e encontrei o caminho de volta.
DIA 1 – DE CHICAGO A PONTIAC
Como eu já conhecia Chicago de uma viagem com os amigos durante o Spring Break, peguei a estrada cedo. A viagem começou no centro da metrópole, na esquina da Jackson Boulevard com a Lake Shore Drive, onde o caminho começava.
WILLOWBROOK + JOLIET
Uma das primeiras paradas foi a uns 40 quilômetros de Chicago. O Dell Rhea’s Chicken Basket fica em Willowbrook e é cheio de memorabilia da Mother Road. Já na cidade de Joliet, a aproximadamente 35 quilômetros, há um museu dedicado à ex-US 66.
WILMINGTON + BRAIDWOOD
A menos de 30 quilômetros está a pequena Wilmington. Nela se localiza o Gemini Giant, ao lado do restaurante Launching Pad. A apenas oito quilômetros, em Braidwood, o viajante encontra o Polk-a Dot Drive In, com suas estátuas de personagens da cultura pop.
DWIGHT
Dwight está a menos de 30 quilômetros. Há um lindo e antigo posto de gasolina desativado listado no Registro Nacional de Lugares Históricos dos Estados Unidos. Quem gosta de arquitetura pode visitar o centro da cidadezinha. Um de seus prédios é o do First National Bank, projetado pelo famoso Frank Lloyd Wright (que também tem várias obras em Chicago).
PONTIAC
A um pouco mais de 40 quilômetro está Pontiac. Um dos restaurantes mais antigos fica nesta cidade. O The Old Log Cabin abriu em 1926, na Rota 66 original. Quando o traçado mudou, nos anos 1940, o prédio foi levantado e instalado com sua fachada de frente para a nova rodovia.
As maiores atrações do município são os murais que remetem à Mother Road. Além disso, no Route 66 Hall of Fame and Museum estão expostas diversas peças históricas referentes à US 66. Depois de explorar as pinturas, busquei um hotel para descansar e estudar os pontos de interesse em que passaria no dia seguinte. No próximo post, conto como foram os outros dias pela estrada mais famosa do mundo.
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