Cuenca foi a primeira cidade que conheci no Equador. Cheguei às 6h depois de uma viagem de quase sete horas desde Máncora, no Peru, que custou 60 soles (uns R$ 60). A capital da província de Azuay fica na Cordilheira dos Andes, na parte sul da Serra equatoriana. Está a aproximadamente 2,5 mil metros sobre o nível do mar. Por esse motivo, a temperatura não passa dos 20 ºC.

O nome oficial do município – o terceiro maior do país – é Santa Ana de los Ríos de Cuenca. Os quatro rios que circulam a cidade (Tomebamba, Yanuncay, Tarqui e Machangara) são motivo de orgulho dos mais de meio milhão de cuencanos. Tomebamba é o mais cêntrico e se junta ao Yanuncay no agradável Parque El Paraíso.

AS RUÍNAS

Cuenca foi fundada em 1557 e sua arquitetura colonial fez com que a Unesco declarasse seu centro histórico como patrimônio mundial. Um dos ícones cidade fica nas margens do Tomebamba. Puente Roto são os restos de uma ponte de pedra que foi arrastada pelo rio em 1950.

Próximas a essa estrutura estão as Ruínas de Todos los Santos, onde foram encontrados 30 mil artefatos, alguns que datam de antes da chegada dos espanhóis. Outro lugar histórico importante é o de Pumapungo. Este complexo cultural inclui museus (numismático e etnográfico), um sítio arqueológico e um pequeno parque. A entrada para ambos os locais é grátis.

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O MUSEO DEL SOMBRERO

Também não há custo para visitar uma das fábricas dos famosos chapéus Panamá. No Museo del Sombrero de Paja Toquilla é possível observar a elaboração desta peça declarada patrimônio cultural imaterial da humanidade pela Unesco.

O acessório ficou conhecido através do Canal de Panamá, mas, na realidade, tem origem equatoriana. As fibras usadas como matéria prima são retiradas de uma palmeira que cresce na costa do país. O preço do chapéu depende da espessura da palha e do tempo de elaboração. Os valores variam de 15 dólares (uns R$ 60) a mais de quatro cifras.

AS CATEDRAIS DE CUENCA

Atrações que não têm a entrada gratuita são as duas igrejas ao redor do Parque Calderón. A Catedral de Cuenca é um dos símbolos da cidade. A Catedral Vieja já não é mais utilizada como lugar de culto, e agora serve de museu e espaço para concertos da Orquestra Sinfônica de Cuenca.

MIRADOR DE TURI

Um dos melhores pontos para ter uma vista panorâmica de Cuenca é o mirador de Turi. À noite, o muro em frente à pequena igreja vira um ponto de encontro de jovens e famílias. Ali perto o turista pode experimentar a sensação de andar de balanço sobre a cidade.

PARQUE NACIONAL CAJAS

A mais ou menos uma hora do centro de Cuenca se localiza o Parque Nacional Cajas. Meu host do Couchsurfing me levou até lá para um passeio de algumas horas. Para quem gosta do contato com a natureza, uma boa opção é levar uma barraca e acampar na área protegida. Dessa maneira, pode-se apreciar com mais calma algumas das 786 lagoas espalhadas nos mais de 28,5 mil hectares.

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