A cidade de Cajamarca, na serra norte do Peru, tem uma grande importância histórica para o país e para todos as nações que antigamente faziam parte do Tawantinsuyo, o Império Inca. Inca Atahualpa, o último imperador incaico, foi capturado onde hoje se localiza a Plaza de Armas do município pelas tropas do conquistador espanhol Francisco Pizarro em 1532. Menos de um ano depois, o líder nativo foi assassinado.
Ele ficou cativo por mais de 8 meses em uma casa de pedra bem próximo à atual praça. O Cuarto del Rescate pode ser visitado de 9h às 13h e de 15h às 18h, com uma entrada de 5 soles (uns R$ 5). É uma peça de 11,8 metros de comprimento, 7,3 metros de largura e 3,1 metros de altura. Inca Atahualpa prometeu enche-lo uma vez com ouro e duas com prata em troca de sua soltura. Os espanhóis receberam o tesouro, mas não o libertaram.
AS IGREJAS DE CAJAMARCA
Quase em frente a essa casa está o Templo de San Francisco, considerado Monumento Histórico do Peru. Ele foi erguido em estilo barroco no século 17. Do outro lado da praça fica a Catedral, também conhecida como Igreja de Santa Catarina. Ela foi construída nos mesmos período e estilo que a de San Francisco.
CUMBE MAYO
Fora do centro estão os maiores atrativos de Cajamarca. Um tour de 18 soles (uns R$ 18) pode ser contratado nas diversas agências da Plaza de Armas para ir até Cumbe Mayo. A saída é pelas 9h30min e o retorno se dá ao redor das 13h30min.
São cerca de 50 minutos de viagem para alcançar o sítio arqueológico a 20 quilômetros da cidade e a 3,5 mil metros sobre o nível do mar. A área chamada “bosque de pedras” consiste um rochas vulcânicas corroídas pela chuva e pelo vento.
Quem primeiro utilizou este espaço foi a civilização Cajamarca (de acordo com o guia, a grafia e pronúncia originais correta seria “Kaxamarca“) aproximadamente no ano 1130 a.C. Essa cultura foi incorporada ao Tawantisuyo no século 15.
Uma caminhada de mais ou menos uma hora leva os turistas por belas paisagens. No caminho pode-se observar petróglifos, aqueodutos, pedras de sacrifício e uma pequena caverna, que o guia faz questão de cruzar no escuro, para ter a mesma sensação de completa escuridão que os povos originários tinham ao atravessá-la. Meu passeio não foi tão agradável pela constante garoa que caía e pelo barro que se formou na trilha (abril é época de chuvas).
VENTANILLAS DE OTUZCO
Outro tour saindo de Cajamarca é o de Otuzco. Ele também custa 18 soles (uns R$ 18), com saída às 15h30min da Plaza de Armas e retorno aproximado às 19h. Antes de chegar aos restos desta necrópole pré-inca, o passeio faz duas paradas comercias. A primeira é em uma fábrica de produtos lácteos, comuns nesta região do país. Me deu pena ver as vacas da propriedade tão magras. A segunda é um jardim de hortênsias, onde também vendem artesanatos, comidas e bebidas típicas.
Contudo, a parte mais importante do passeio é quando se chega às Ventanillas de Otuzco. Neste sítio arqueológico foram descobertos 337 nichos mortuários dos Cajamarcas. Eles foram encontrados em 1937 já profanados. Acredita-se que os corpos eram enterrados primeiro em algum cemitério e alguns anos após a morte da pessoa, ela era transladada a essa estrutura talhada em rocha vulcânica.
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