A Ditadura Militar no Chile durou 17 anos e deixou mais de 3 mil mortos e desaparecidos. Em 11 de setembro de 1973, Augusto Pinochet chegou ao poder depois de liderar o golpe que matou o presidente democrático Salvador Allende. Santiago foi um dos principais palcos desse episódio e alguns locais da capital chilena estão diretamente associados a ele. Outros foram construídos para lembrar as vítimas do governo autoritário.
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A seguir, uma lista de cinco espaços relacionados a período histórico. Eles são importantes para que o passado não caia no esquecimento, pois, como diz o ditado, “un pueblo sin memoria, es un pueblo sin futuro” (“um povo sem memória é um povo sem futuro”).
PALACIO DE LA MONEDA
O Palácio da Moeda, no centro de Santiago, foi o epicentro do conflito. Allende se refugiou no prédio da presidência na manhã de 11 de setembro, que foi bombardeado pelas Forças Armadas ao redor do meio dia. O corpo do líder socialista foi encontrado no interior da construção.
A versão oficial diz que ele se suicidou, mas muitas evidências apontam para um assassinato (há pessoas que dizem que foi o próprio Pinochet, seu chefe de Exército, quem teria puxado o gatilho). Do lado de fora, funcionários do edifício eram presos e a cidade era tomada pelos militares.
ESTADIO NACIONAL
O Estádio Nacional foi usado como a principal prisão e centro de tortura nos anos de Pinochet. Parte da arquibancada da época foi preservada e é hoje um memorial aos detidos, desaparecidos e assassinados pela ditadura. Os vestiários da época, usados como celas, também foram mantidos como eram. Além disso, em um dos acessos há fotos e relatos de ex-prisioneiros políticos que estiveram encarcerados aqui.
LONDRES 38, ESPACIO DE MEMORIAS
Outro centro clandestino de tortura está localizado na Rua Londres, 38. Hoje, oficialmente, o imóvel corresponde ao número 40 do logradouro, pois os militares tentaram esconder os rastros de seus crimes contra a humanidade.
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A casa, na área central de Santiago, está atualmente sob a responsabilidade de uma organização formada no ano de 2009 em que participam familiares das vítimas, sobreviventes da repressão, militantes e ativistas de direitos humanos. O Londres 38, Espaço de Memórias é aberto à comunidade e conta com uma visita guiada gratuita.
MUSEO DE LA MEMORIA Y LOS DERECHOS HUMANOS
Ao contrário do Londres, o Museu da Memória e dos Direitos Humanos é um projeto do governo chileno. Inaugurado em 2010, ele fica em um moderno prédio de quatro andares no bairro Quinta Normal. Há reportagens de rádio, televisão e jornal sobre o dia do golpe, relatos de pessoas que viveram aqueles anos e documentos.
Na exposição permanente os temas abordados são Direitos Humanos Desafio Universal, Memoriais e Comissões da Verdade, 11 de Setembro de 1973, A Dor das Crianças, Demanda por Verdade e Justiça, Ausência e Memória, Luta pela Liberdade, Retorno à Esperança, Justiça e Nunca Mais.
CEMENTERIO GENERAL
O Cemitério Geral de Santiago é onde estão enterradas muitas vítimas da ditadura. Dois dos personagens mais conhecidos que estão enterrados lá são o presidente Salvador Allende e o músico Victor Jara. Este último foi sepultado primeiro em uma simples gaveta e agora está em uma tumba um pouco mais vistosa, onde recebeu muitas homenagens no aniversário do golpe. Dentro do cemitério também há o Memorial del Detenido Desaparecido y del Ejecutado Politico.
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