Salto

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A Plaza Artigas é uma das principais de Salto

Sempre quis ver comparsas de Candombe, dança e música tradicional afrouruguaia, no Carnaval, quando se manifestam em seu máximo esplendor. Por isso fiquei muito feliz quando realizei esse sonho em Salto, durante minha viagem de moto entre os oceanos Atlântico e Pacífico.

LLAMADAS AL PUERTO: CONCURSO DE COMPARSAS DE CANDOMBE DE SALTO
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SamburúMorán foi a vencedora do Llamadas al Puerto de 2020

O candombe foi reconhecido pela Unesco como Patrimônio Oral e Imaterial da Humanidade. Samburú Morán, da cidade de Fray Bentos, foi a vencedora de 2020. A maioria das dez comparsas do concurso Llamadas al Puerto apresentou quase todos os personagens.

Os que abrem a agrupação são os porta-estandartes. Eles são seguidos pelos porta-bandeiras, que sacodem os grandes panos, muitas vezes sobre o público, que se diverte. Depois vêm os porta-sol, porta-lua e porta-estrela, que carregam imagens dos astros no alto de suportes.

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O gramillero e a mama vieja foram os personagens que mais gostei

Entram, então, os grupos de bailarinas e bailarinos. Os papéis que mais chamam a atenção são os bastoneros, as mama viejas, os gramilleros e as vedetes. Os primeiros fazem coreografias com um bastão. As segundas representam a dignidade da mulher negra. Os terceiros foram os que mais me encantaram e representam os curandeiros africanos, dançam como se fossem velhos e levam uma maleta com plantas medicinais. Os últimos, tanto homens como mulheres, vêm em seguida com danças mais alegóricas. Para terminar, os tamborileros tocam os quatro tambores: chico, repique, piano e bombo.

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Os tamborileros dão todo o ritmo da comparsa
O CENTRO E O PORTO DE SALTO

O desfile aconteceu na Rua Uruguay, uma das principais do centro da cidade, e foi desde a Plaza de los 33 até o porto. Eu conhecera a região em um rápido passeio em moto no dia anterior, em que me encantei com a beleza da Plaza Artigas e das praças próximas ao porto, de onde curti o pôr do sol no Rio Uruguai.

RIO DAYMÁN

A dez quilômetros do centro de Salto está o Rio Daymán – que divide os departamentos de Salto e Paysandú – e o famoso complexo de hotéis e piscinas termais. Somente conheci o centro, com lojas de quinquilharias típicas de balneários e termas. A beira do rio é formada por lajes de pedra e é muito agradável para uma caminhada ou unos mates.

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O Rio Daymán é muito tranquilo e agradável
A REPRESA SALTO GRANDE

O curso d’água é onde fica a represa Salto Grande, que fornece mais de 60% da energia do Uruguai e de 7% da Argentina, além de trocar energia com o Brasil. A hidrelétrica é binacional e visitas guiadas são oferecidas de hora em hora em ambas as margens.

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A margem esquerda corresponde ao lado uruguaio

O tour começa com cerca de 30 minutos de vídeos institucionais sobre a construção que iniciou em 1974. Em 1979 o primeiro hidrogerador começou a funcionar e todo o complexo foi inaugurado em 1983. Uma ponte internacional também faz parte da obra, e foi a terceira estrutura a conectar os dois países. A distância das duas margens é de 900 metros.

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O tour começa na sala de vídeos

Há uma maquete na recepção que mostra como funciona a operação, que envolve 600 mil litros de água caindo de uma altura de 25 metros em turbinas que fazem girar um eixo de oito metros que conecta com o gerador.

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Com a maquete, fica mais fácil entender o funcionamento da hidrelétrica

Para conseguir essa distância, foi preciso escavar o rio por 30 metros, deixando o complexo com uma altura total de 69 metros. O próprio basalto tirado do leito foi usado para a criação dos muros de contenção.

VISITANDO A HIDRELÉTRICA
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Devido ao feriado de Carnaval, a procura estava grande

Depois dos vídeos, os turistas são levados de ônibus à represa, na qual trabalham cerca de 600 pessoas, entre uruguaios e argentinos. Como há muito campo magnético, pessoas que usam marca-passo são aconselhadas a ficarem dentro do veículo.

A primeira parada é para observar a estrutura de longe. Depois, visita-se esta grande obra de engenharia. Pode-se ver de perto algumas das 19 comportas que regulam o nível da represa. Já na sala de máquinas, que tem 236 metros de largura, observa-se a parte alta do maquinário que gera energia elétrica. Ela se localiza abaixo do nível da água do lago represado, que pode chegar a nove quilômetros de largura. Muros de oito metros contém a água.

Esses equipamentos são alguns dos responsáveis por transformar energia cinética em elétrica

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