Cusco: Machu Picchu

A foto clássica de Machu Picchu não pode faltar

Machu Picchu é o sonho de muitos viajantes, mas confesso que nunca fantasiei com esse lugar. Contudo, estando no departamento de Cusco, no Peru, não podia deixar de visitar uma das atrações turísticas e arqueológicas mais famosas do mundo.

Machu Picchu mistura história e natureza em um só lugar

Especialmente porque o Santuário Histórico de Machu Picchu é considerado patrimônio mundial pela Unesco. Há diversas maneiras de chegar a MaPi, e elegi a mais econômica, pois sabia que seria um passeio caro. Só a entrada para o complexo arqueológico custa 152 soles (cerca de R$ 152) para estrangeiros.

O CAMINHO ATÉ A HIDROELÉTRICA

A escolha da maioria dos mochileiros é ir pela trilha da hidroelétrica. Agências de turismo em Cusco oferecem transporte ida e volta a esse ponto por 50 soles (uns R$ 50). Também há a opção de fazer o tour Machu Picchu by car com hospedagem, comida e guia por cerca de 100 soles (R$ 100). É o ideal para quem prefere não se preocupar com planejamento ou com a incerteza de não reservar nada.

O ônibus para a hidroelétrica sai do centro de Ollantaytambo

Eu estava em Ollantaytambo, no Valle Sagrado, e dali tomei o ônibus para a hidroelétrica. Custou 60 soles (uns R$ 60) ida e volta. Não entendi por que era mais caro do que em Cusco, já que fica mais próximo do destino, mas era minha única opção. Reservei um dia antes, mas não vejo necessidade de fazê-lo.

A estrada até a hidroelétrica é cheia de curvas e belezas

O veículo saiu às 8h45min da praça central de Ollanta somente comigo e dois turistas mais, um da Espanha e uma da Alemanha. A estrada tinha muitas curvas. Enjoei, fechei os olhos e não apreciei a bela paisagem que pude observar na volta. Chegamos à hidroelétrica às 13h30min.

DA HIDROELÉTRICA A ÁGUAS CALIENTES

Já havia vários micro-ônibus e vans esperando os turistas que regressavam de Machu Picchu. A maioria deles volta em direção a Cusco entre às 14h e 15h. Na hidroelétrica começa a caminhada que dura cerca de duas horas pelos trilhos do trem até Águas Calientes. A cidade fica às margens do Rio Urubamba e é o QG dos turistas que sobem ao MaPi. Por isso, também é conhecida como Machu Picchu Pueblo.

O trajeto é plano, entretanto se faz cansativo pelo terreno. Há partes com uma trilha de terra, contudo a maior parte do percurso é sobre cascalho ou sobre os dormentes. Trens também passam de vez em quando, mas sempre há um lugar para aguardar em segurança. O caminho é de uma beleza impressionante, com muita vegetação e com o rio sempre podendo ser observado. É bom ter água, lanches e roupa impermeável (especialmente na época de chuva, de dezembro a março).

Os trilhos do trem guiam os turistas até Águas Calientes
MACHU PICCHU PUEBLO

Eu e o espanhol chegamos a Machu Picchu Pueblo pelas 15h30min. Ele tinha reserva em um hostel, mas eu não. Estava cansada e decidi acompanhá-lo ao seu albergue, que ficava na entrada do vilarejo, em frente ao rio.

O letreiro de Machu Picchu está antes de chegar a Águas Calientes

Na internet, o quarto compartilhado custava cerca de 60 soles (uns R$ 60), mas o preço direto no local foi de 20 soles (R$ 20) por noite em um dormitório para 10 pessoas. Um amigo me comentou de um hostel por 15 soles, mas não quis procurá-lo.

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Largamos as mochilas e fomos comprar o ingresso para Machu Picchu no centro. Para quem quer conhecer somente a cidadela, o ingresso custa 152 soles (uns R$ 152) e, pelo menos em março, quando fui, pôde ser comprado no dia anterior. Há dois turnos: o das 6h às 12h e o das 12h às 17h30min. Todos diziam que o turno da manhã era o melhor, então escolhi esse.

O Rio Urubamba fica em frente à rua de acesso a Águas Calientes

Para visitar também a montanha Machu Picchu, a entrada sobe para 200 soles. O mesmo para entrar na montanha Wayna Picchu. As caminhadas são bem pesadas para chegar a qualquer um dos morros. O mais recomendado para quem quer encarar algum deles, mas não tem tanta condição física, é tomar o ônibus desde Águas Calientes até as ruínas. Ida e volta custa US$ 24 (uns R$ 85).

Águas Calientes fica nas margens do Rio Urubamba
A SUBIDA à cidadela

Demorei umas duas horas para chegar a pé desde Águas Calientes até o sítio arqueológico e foi bem exaustivo. É uma subida de 500 metros em três quilômetros em intermináveis escadas irregulares no meio do mato. Saímos do hostel pelas 4h45min. Chegamos ao primeiro portão às 5h e já havia umas cem pessoas esperando. Todos querem ser os primeiros a chegar para poder contemplar a antiga cidadela inca com menos gente e tentar ver o nascer do sol dentro deste lugar com tanta mística.

As escadas para chegar às ruínas são cansativas

O portão para o complexo arqueológico abre às 6h. Eu cheguei pelas 7h. É bem confuso, pois já há vários turistas na fila, alguns grupos com guia, gente descendo dos ônibus e pessoas chegando da caminhada. Nos disseram que era obrigatório contratar um guia, mas afinal não foi preciso. Cansados, entramos na famosa cidadela de Machu Picchu, a 2,4 mil metros sobre o nível do mar. É importante levar água e lanches para o percurso.

FINALMENTE, MACHU PICCHU
A neblina pode atrapalhar a vista da cidadela de MaPi

É possível conhecer o Santuário Histórico de Machu Picchu em duas horas, mas nós queríamos aproveitar o ingresso até o último momento. Fizemos tudo de maneira lenta, ainda mais porque às vezes nublava e as nuvens cobriam toda a vista da cidadela. Dentro do complexo arqueológico o caminho está bem marcado e seguranças impedem que os turistas retrocedam. É preciso sempre seguir adiante.

Uma caminhada de meia hora em subida leva os visitantes à Puerta del Sol

O ingresso dá direito a entrar duas vezes nas ruínas dentro do turno. Conheci todo o sítio arqueológico da antiga cidade do Tawantinsuyo, o Império Inca, e esqueci de visitar a Porta do Sol. Saí, carimbei meu passaporte gratuitamente para ter uma lembrança do passeio e entrei novamente nas ruínas. Queria fazer pelo menos uma parte do famoso caminho inca. Foi bem cansativo e a estrutura não vale tanto à pena, mas a vista que se tem desde lá é magnífica.

machu picchu
Do caminho à Porta do Sol se tem uma vista da cidadela de Machu Picchu e da montanha Wayna Picchu

“Machu Picchu” significa “montanha velha“. Este foi um dos lugares escolhidos pelo incas para construir casas, templos, terraços de plantação e canais de água no século 15. Eles usaram grandes pedras que eram encaixadas umas nas outras sem uso de nenhum tipo de pegamento como cimento para erguer as 140 estruturas da cidadela. No seu auge, este centro político, religioso e administrativo incaico abrigou um máximo de 700 pessoas.

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7 comentários Adicione o seu

  1. Parabéns pelo post! Me fez lembrar quando eu estive lá no Peru com minha esposa em 2014. Lembro que o ônibus da Peru Hop foi no hostel Pool Paradise Lima que nos hospedamos em Lima, nos pegou e começamos nossa viagem por Paracas, surfamos em Huacachina, vimos as Linhas de Nazca, passamos por Puno e finalmente chegamos em Cuzco, visitamos Machu Picchu e ficamos no hostel Wild Rover lá.
    Quero voltar ao Peru e conhecer a Montanha de 7 Cores e Arequipa.
    Abraços!

    1. melevaemboraestradaafora diz:

      Que baita viagem essa a tua, Marlom! Vale à pena tua volta, pois esses lugares que mencionaste são incríveis! Abraços

  2. Nossa tá lindo teu post, na verdade eu não pensava também em conhecer Machu Picchu mas esse depois de ver tudo isso até me deu vontade, quem sabe né.Parabéns!

    1. melevaemboraestradaafora diz:

      Eh um classico que tem que conhecer.

  3. Parabéns, Rafaela… Para que pretende conhecer este magnífico lugar, como eu, o seu blog é extremamente informativo, além de muito gostoso de ler. Parabéns pela coragem de viajar sozinha a esses lugares e ainda mais pela generosidade de ajudar quem pretende se aventurar pelo mesmo caminho.

    1. melevaemboraestradaafora diz:

      Valeu, Chicão! Bons ventos na viagem para MaPi!!!

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