Férias baixo custo no Nordeste e primeira impressão

Nordeste
Mensagem no muro de Recife resume filosofia de muitos nordestinos que conheci

Era setembro de 2015 e eu ainda tinha 15 dias de férias para tirar até o fim do ano. Não sabia muito bem o que fazer com eles até que descobri o Caruaru Rock Festival. Entre outras atrações, shows do Biquini Cavadão e do Nenhum de Nós – bandas que motivam muitas das minhas viagens. Aproveitaria a ida a Recife para agendar a entrevista para o visto americano (o meu, de estudante, já havia vencido e eu tinha planos de uma big trip para o começo de 2016 – prorrogadas para o início de 2017) e conhecer o Nordeste.

o roteiro pelo nordeste
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Caruaru, em Pernambuco, é referência na região para comprar peças de artesanato

Pronto: em pouco tempo, já tinha duas enormes razões para fazer de Pernambuco a base deste passeio. Incluí os dois Estados vizinhos – Paraíba e Alagoas – no roteiro para descobrir um pouco mais do Nordeste (eu só tinha ido à Bahia) e comecei a contar os dias. Conhecer o máximo gastando o mínimo possível. Essa era a ideia. Conhecer o máximo não significa necessariamente pular freneticamente de um ponto turístico para o outro. Conviver com as pessoas, aprender a cultura e até me permitir momentos de preguiça em lugares agradáveis me parecem as melhores maneiras de vivenciar os lugares.

o orçamento

Durante o planejamento, ficou estabelecido um orçamento de R$ 50 por dia, incluindo alimentação, transporte e estadia. A passagem aérea já tinha sido garantida com 20 mil milhas da TAM, mais R$ 50 de taxas. A estadia foi fundamentalmente com Couchsurfing, o transporte, a pé, de ônibus e de metrô; e, a alimentação, com compras no supermercado (o prato mais frequente era massa com atum e maionese, que custa menos de R$ 5 por refeição).

Nordeste
Mini bolos de rolo foram as lembrancinhas que comprei durante a viagem ao Nordeste

Algumas vezes, gastava mais do que o planejado, principalmente quando havia deslocamento interestadual, mas esses dias acabavam sendo compensados pelos que eu ficava na mesma cidade. Não comprar lembrancinhas também diminui os gastos. Geralmente, minhas aquisições se restringem a um cartão-postal de cada município e uma pulseirinha por viagem. Dessa vez, também incluí mini bolos de rolo para trazer um pouco do sabor de Pernambuco para casa. No total, não gastei mais de R$ 1 mil durante as férias inteiras.

a receptividade nordestina

Voei até Recife (PE), de onde peguei um ônibus para João Pessoa (PB). No metrô entre o aeroporto e a rodoviária da capital pernambucana (TIP – Terminal Integrado de Passageiros), tive o primeiro sinal da receptividade nordestina.
– Tu é do Sul, né? – perguntou um rapaz que estava perto de mim no vagão.
Estranhei a pergunta que, normalmente, vem depois de poucas palavras, mas eu ainda não havia pronunciado nenhuma.
– Sou, como tu sabe? – respondi, espantada.
– Assim, de mochila e branquinha, só podia ser. Até achei que era gringa – respondeu o amigo do menino.

Conversamos sobre os lugares que pretendia visitar, e eles também sugeriram outros. Na baldeação, perguntei para um deles onde pegava o metrô para a estação “Caramagibe”. Recebi uma gargalhada como resposta (e depois a indicação). O nome é Camaragibe. A pequena interação, logo nos primeiros minutos após desembarcar em um lugar desconhecido, me encheu de alegria.

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Maceió foi a última parada da viagem de 15 dias pelo Nordeste

Foi essa a primeira impressão que tive do povo nordestino: amigável, espontâneo e prestativo. E foi essa a impressão que ficou. Tirando um pequeno grupo do qual era quase dependente: motoristas e cobradores de ônibus, que mal respondiam aos bons dias/boas tardes/boas noites e não faziam muita questão de ajudar a encontrar o ponto de referência que procurava, os moradores do Nordeste me encantaram.

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