Trabalho voluntário em Cartagena

trabalho voluntário
Intercambistas da Aiesec se reuniram na organização Children International

O trabalho voluntário que me levou a Cartagena de Índias, na Colômbia, era parte do programa Cidadão Global, da Aiesec. Fui com grandes expectativas de aprimorar minhas habilidades como jornalista ao mesmo tempo em que usava meu conhecimento para ajudar uma ONG. Mas não foi bem isso que aconteceu. Os problemas começaram logo na chegada a Cartagena. Uma menina da organização me recepcionou no aeroporto. E, juntas, esperamos umas duas horas por um outro “aieseco” para irmos até a casa onde eu me hospedaria. Foi quando eu descobri que não ficaria na república que haviam me informado, mas na residência de uma família.

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As ruas estreitas foram cenário do intercâmbio por um mês
A nova casa

No portão da nova morada, o menino que me acompanhava chamou o senhor que vivia ali e lhe passou o celular. Ele era o avô de um membro da Aiesec e só foi consultado naquele momento se eu (e uma boliviana que chegaria mais tarde) poderia ser recebida por mais de um mês. Don Arturo, imagino que sem grandes opções ao ver a brasileira recém chegada e com uma mala na mão, concordou. Ele morava sozinho e eu tinha dificuldade de entender o que ele dizia, mas ao fim e ao cabo foi um bom anfitrião. E a colega de quarto da Bolívia, apesar de não ter se tornado uma grande amiga, foi uma companheira razoável.

A Igreja de la Santíssima Trinidad era o ponto de encontro para os momentos de lazer dos voluntários e de outros jovens
trabalho voluntário nA fundación pompeya

abstrair esse contratempo inicial e focar no trabalho que começaria já no dia seguinte. A missão duraria seis semanas. A tarefa era fazer o plano de comunicação para a Fundación Pompeya, uma organização que usa artes para fazer a inclusão social de crianças de baixa renda com necessidades especiais. Mas, após a realização de um festival durante o fim de semana, descobri que a ONG fecharia para férias de fim de ano e só abriria depois da minha volta ao Brasil.

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A cobertura do Festival de Artes foi o único trabalho realizado para a Fundación Pompeya
Trabalho voluntário na children international

Tive que procurar a Aiesec para que me realocassem. Assim como eu, mais voluntários – da Fundación Pompeya e de outras entidades – haviam ficado sem trabalho. A Aiesec intermediou uma reunião com outra organização para descobrir no que poderíamos ajudar. Ficou decidido que aqueles que tiveram problemas com suas vagas iniciais passariam a colaborar com a Children International, ONG mundial presente na Colômbia há 27 anos.

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Voluntários em um dos centros da Children

São cinco centros comunitários da Children em Cartagena. A função dos intercambistas nesse período de férias (dezembro e janeiro) era manter as bibliotecas com atividades. Dessa maneira, as crianças carentes atendidas pela ONG não ficariam na rua sem ocupação. Isso previne o envolvimento dos jovens com gangues, um dos maiores problemas do país. Meu dever era registrar em fotos e vídeos as leituras e brincadeiras.

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Intercambista mexicano lê para menina colombiana no CS 4 Children International
prós e contras

O período que passei lá foi maravilhoso, principalmente por causa das pessoas que conheci. Os colombianos, bolivianos, mexicanos, argentinos e chilenos com quem compartilhei experiências e passei tardes ociosas nos cafés Juan Valdez viraram amigos para a vida inteira. Também criei um carinho imenso pela cidade e pelo país. Mas o escritório local da Aiesec era muito desorganizado e isso prejudicou a experiência, que resultou mais em uma viagem normal do que um intercâmbio social.

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5 comentários Adicione o seu

  1. Chato isso do escritório da AIESEC ser desorganizado, já li alguns relatos e vi que a organização do escritório é mais sorte do que um padrão =/ Mas que bom que deu para aproveitar a experiência do mesmo jeito! 😀

    1. Carla diz:

      Uma vez vi uma publicação da AIESEC falando que estavam selecionando para intercambio voluntário gratuito, fui fazer a entrevista, e depois que pegaram todos os meus dados foi que informaram que na verdade era para trabalhar gratuitamente para eles tentando conseguir pessoas que pagassem pelos voluntariados. Achei muito estranho o procedimento deles. Mesmo assim decidi ver como era, queriam que eu cumprisse horário, e até mesmo a noite eu precisava estar respondendo e-mail e mensagens de whatsapp, não tinha nada a ver com o que haviam me informado. Passei quase um mês e nunca mais fui lá, não recebi nem mesmo uma declaração de serviço prestado.

      1. Pois é, eles têm alguns problemas estruturais… mas acho que o aprendizado lá dentro pode ser grande

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